A Copel Geração e Transmissão concluiu em setembro a implantação de software para previsão de geração de energia eólica. Com inteligência artificial, o sistema WindFor, implantado pelas empresas EMD Brasil e pela Enfor, indica com antecedência de até 12 dias o montante de energia que poderá ser produzido pelos 264 aerogeradores que somam 590,5 MW de potência instalada nos quatro complexos eólicos operados pela empresa no Rio Grande do Norte.

As previsões, segundo a estatal paranaense, vão ajudar no planejamento da operação para aumentar os ganhos com a fonte e para subsidiar a programação de paradas de máquinas para manutenção em períodos menos favoráveis para a geração de eletricidade pelo vento.  

A implantação do software faz parte de plano de gestão integrada do desempenho dos ativos de geração eólica da companhia que absorverá R$ 2,2 milhões em investimentos e envolverá mais duas ferramentas. A primeira é outro software usado na avaliação de escoamento de vento para projetos de parques eólicos, em uso na Copel desde outubro de 2019, e a segunda uma plataforma online de avaliação e gerenciamento de desempenho de aerogeradores e parques eólicos em tempo real – que deve começar a ser usada para os complexos Brisa Potiguar e São Bento ainda em outubro deste ano. Os complexos Cutia e Bento Miguel serão contemplados em 2021.  

Para a Copel, a gestão de ativos eólicos deve ser baseada em três grandes pilares: disponibilidade dos aerogeradores, disponibilidade do BoP (Balance of Plant - conjunto de redes, linhas e subestações) e taxa de conversão do recurso eólico em energia elétrica. Com a gestão apoiada pelas três ferramentas digitais, a intenção é otimizar esses aspectos operacionais. O sistema integrado vai coletar dados diretamente dos servidores das usinas eólicas, gerando relatórios em tempo real, e evitando trabalho manual para esses serviços.

Os quatros complexos da Copel no Rio Grande do Norte são o São Bento Energia, nos municípios de São Bento do Norte e Pedra Grande, com 94 MW; o Brisa Potiguar, em Parazinho, João Câmara e Touros, com 183,60 MW; o Cutia, também em São Bento do Norte e Pedra Grande, com 180,60 MW; e o Bento Miguel, em São Bento do Norte, com 132,30 MW.



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