O Brasil consumiu 1,4% a mais de energia elétrica no primeiro semestre de 2023, em comparação com o mesmo período do ano passado, alcançando a marca de 66.760 MW médios, segundo dados preliminares da CCEE - Câmara de Comercialização de Energia Elétrica. Segundo a câmara, o avanço tem a ver com o aumento nas exportações da indústria mineradora e do crescimento das atividades do comércio e dos serviços.

No Ambiente de Contratação Livre de Energia, o ACL, a alta foi maior, de 5,2% no comparativo anual, impulsionada pelo ritmo acelerado de migrações. Somente no primeiro semestre, mais de 3,3 mil novas unidades consumidoras ingressaram no ACL. O ambiente regulado, o ACR, por outro lado, apresentou redução de 0,7%. Neste caso, segundo a CCEE, a queda se relaciona com a presença crescente da micro e minigeração distribuída, por fatores climáticos e pelo próprio volume de agentes que se deslocaram para o ACL.

Entre os 15 setores da economia que compram energia elétrica no ACL, a CCEE identificou aumento em onze, na comparação com o mesmo período do ano passado. O destaque foi a área de comércio e a extração de minerais metálicos, que cresceram devido ao aumento das atividades em supermercados, com o arrefecimento da inflação, e ao bom momento para exportações de minérios. O setor de saneamento também apresentou taxa elevada de aumento, mas que é reflexo das migrações de grandes consumidores do segmento para o ambiente.

Na avaliação regional, as maiores altas ficaram concentradas nas regiões Norte e Nordeste, com destaque para o Maranhão e o Pará. Em ambos, o aumento reflete o consumo das indústrias metalúrgicas e fatores climáticos, sendo que, no caso maranhense, a alta expressiva é resultado também da retomada contínua da produção de uma importante planta do segmento de alumínio.



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