O BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social aprovou dois novos financiamentos para viabilizar projetos de biometano no Brasil, somando no total cerca de R$ 230 milhões. O primeiro é para a Essencis Biometano, com contrato de desembolso de R$ 93,8 milhões para construção de uma usina de biometano no maior aterro sanitário da América Latina, o de Caieiras, em São Paulo. Já o segundo é para a usina sucroalcooleira Cocal Energia, que terá R$ 135 milhões para implantar planta em Paraguaçu Paulista (SP).

No Aterro Caieiras, que recebe resíduos de 20 municípios da região metropolitana de São Paulo, além da própria capital, a unidade terá capacidade instalada de 68 mil m³/dia de biometano, purificado a partir do biogás captado do aterro. Do financiamento, R$ 53,7 milhões são recursos do Programa Fundo Clima e R$ 40,2 milhões do BNDES Finem, linha do banco para financiamento a empreendimentos.

Estruturado como project finance, modelo em que as garantias são o próprio ativo e o fluxo de caixa do empreendimento, o apoio do banco de fomento corresponde a 80% do total do projeto orçado em R$ 117 milhões. A produção da unidade de Caieiras será comercializada com a Ultragaz e a Neogás, com entrega em gás natural comprimido via modal rodoviário.

Já o projeto na Cocal vai contemplar uma planta de biogás, que utilizará biodigestor alimentado por palha de cana, torta de filtro e vinhaça, insumos oriundos da produção de álcool e açúcar. Com o sistema de purificação, terá capacidade para produzir até 60 mil m³/dia de biometano. Os recursos, também financiados pelo Fundo Clima, correspondem a 60% do valor total a ser investido no projeto, de cerca de R$ 200 milhões. O biometano será distribuído via GNC (cilindros transportados por meio de carretas) para clientes industriais e comerciais em todo o país.

Imagem: Termoverde Caieiras/Divulgação



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