Uma parceria público-privada (PPP) do governo do Piauí, com investimento de R$ 150 milhões, vai colocar em operação no estado oito miniusinas solares fotovoltaicas de 5 MW cada até o fim deste ano. O projeto envolve três concessões públicas, cedidas a dois consórcios ― Energia Sustentável e Em-Energia ― e a uma empresa, a Brenge Par, que se tornaram responsáveis pela construção, operação, manutenção e gestão das miniusinas em contratos de 25 anos.

Com a energia de origem solar injetada na rede da distribuidora Equatorial, que vai gerar créditos a serem compensados nas contas de órgãos públicos, o estado piauiense estima uma redução mensal de 23% nos atuais gastos com eletricidade em suas unidades consumidoras. Isso deve equivaler a uma economia superior a R$ 10 milhões por ano.

As miniusinas serão implementadas nas cidades de Caraúbas, Cabeceiras do Piauí, Curralinhos, Barras e Canto do Buriti. A expectativa do governo é de que 90 mil pessoas residentes nos municípios sejam beneficiadas direta e indiretamente pelas obras durante este ano, com empregos gerados na implementação e na operação das miniusinas.

Faz parte do escopo das usinas o uso de trackers para alterar a angulação dos painéis para aproveitamento mais eficiente da luz solar, o que gera expectativa de produção de energia 30% superior em comparação com sistemas convencionais fixos. Além das miniusinas, as concessionárias deverão implantar, em parceria com a Universidade Estadual do Piauí (Uespi), um centro de pesquisa e de formação técnicas em energias renováveis.

A ideia é aproveitar o potencial de geração do Piauí, que segundo dados da Aneel conta hoje com 29 UFVs em operação, com 1 GW, e mais 47 usinas solares de grande porte outorgadas, em construção ou não, com mais 1,9 GW a serem acrescentados nos próximos anos. Em geração distribuída, também segundo a Aneel, o estado conta com 111,9 MW instalados, com 9329 micro e miniusinas, em sua maioria da fonte solar.



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