De acordo com a Absolar - Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica, mesmo em tempos de queda da atividade econômica causada pelo isolamento contra o novo coronavírus, a energia solar continua sendo uma alternativa vantajosa para as empresas. A entidade cita como exemplo a companhia Refeições Ao Ponto, localizada em Santa Cruz do Sul (RS), que implantou um sistema de energia solar fotovoltaica e, com isso, conseguiu reduzir o consumo de energia elétrica em cerca de 40% –– o dinheiro dessa economia está sendo usando para compensar a queda nas vendas, resultado da retração econômica.
A empresa investiu cerca de R$ 500 mil e, de acordo com a análise realizada, o retorno do valor deve acontecer em um prazo de três anos e meio. “O investimento em equipamentos de energia solar é uma maneira de economizar, o que possibilita também investir em outros setores do negócio, além de permitir uma autonomia energética para as operações”, comenta Mara Schwengber, coordenadora regional da Absolar no Rio Grande do Sul e executiva da Solled, empresa que desenvolveu o projeto.
De acordo com a entidade, o uso da tecnologia fotovoltaica em telhados e terrenos pode reduzir custos de energia para as empresas em até 95% e ampliar a capacidade de investimento no negócio. “Há no País mais de 70 linhas de financiamento que permitem adquirir a tecnologia fotovoltaica com quase nenhum aporte, além de possuírem taxas a 0,8% ao mês, o que viabiliza a instalação”, diz Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da Absolar. Segundo ele, muitas vezes, o valor economizado na conta de luz abate o valor da parcela do financiamento e libera recursos para recompor o caixa das empresas. Para Koloszuk, o sistema fotovoltaico é um dos melhores investimentos para empresas e cidadãos, pois traz retorno acima do oferecido no mercado financeiro. “Como o juro real no Brasil está mais baixo, os consumidores têm buscado alternativas de investimentos com retornos mais rápidos, como é o caso da energia solar”, comenta.
Segundo a associação, como a atividade econômica tende a voltar de forma lenta, um aporte bem programado agora poderá ajudar as empresas a se organizarem a médio e longo prazo, quando o consumo e a demanda por energia voltarem a crescer.
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