Para compreender os efeitos da Covid-19 no setor fotovoltaico, a Greener realizou uma pesquisa entre os dias 19 e 24 de março, que contou com a participação de 541 empresas de todas as regiões do Brasil. Responderam ao questionário enviado pela consultoria fabricantes de equipamentos, EPCistas, investidores, entre outros, com destaque para os integradores, tanto de pequeno quanto de médio portes.

Um dos principais impactos detectados para o setor fotovoltaico relaciona-se com a redução da demanda: mais de 70% das empresas integradoras afirmaram já ter perdido um negócio por desistência ou adiamento, tendo isso um importante potencial de impacto para toda a cadeia. 88% dos integradores também afirmaram ter notado redução no número de interessados em energia solar, com mais da metade deles indicando uma forte redução. Nesse contexto, o caixa da empresa é apontado como o principal fator de preocupação neste período pelas companhias. Apesar da produção estar sendo retomada, sobretudo na China, possíveis restrições logísticas também figuram entre os obstáculos apontados pelos fabricantes consultados.

Outro desafio indicado pelos pesquisados relaciona-se ao incremento dos custos dos equipamentos decorrentes da relevante desvalorização cambial (superior a 25%). Em geral, 50% das empresas já sentiram que os produtos estão mais caros. Os proprietários e investidores de usinas voltadas para leilões e mercado livre de energia também demonstraram (quase 60% dos consultados) ter sentido os efeitos de aumento do custo dos equipamentos. Por outro lado, os contratos de fornecimentos de energia de boa parte dos projetos de grande porte têm horizonte de implantação de médio e longo prazos, o que traz maior flexibilidade permitindo que os principais desembolsos sejam realizados em condições mais favoráveis de mercado.

A consultoria sugere às empresas que analisem alguns pontos para traçar os planos para este momento de crise, como: garantir a segurança e saúde da equipe, seguindo as recomendações das autoridades; mapear os custos fixos e variáveis da empresa, buscando otimizar gastos; negociar prazos e condições de pagamento; investir em treinamentos para deixar a equipe mais eficiente para o pós-crise; e também fortalecer a marca, aproveitando o momento para inovar a comunicação.



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