A edição 2021-2022 do Plano Safra, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, divulgado no fim de junho e que reúne a programação de crédito para o setor agropecuário, ampliou os recursos e opções de financiamento para produtores rurais interessados em investir em energia solar em suas propriedades.
Um destaque do novo planejamento estatal foi a ampliação do Programa ABC, que passou a reunir o maior volume de recursos alocados de sua história, R$ 5 bilhões, permitindo financiamento também para sistemas de geração de energia renovável, o que atrairá principalmente projetos solares. Além disso, o programa também financia unidades de produção de bioinsumo e biofertilizantes e sistemas de energia elétrica a biogás e biometano.
Com as mudanças, quatro programas de financiamento do Plano Safra já incorporam a possibilidade de acesso aos créditos públicos para o uso de energia solar pelo agronegócio: Pronaf, Inovagro, Prodecoop e Programa ABC. Somadas, as linhas representam R$ 26,9 bilhões para investimentos em projetos no meio rural, um aumento de 56% em relação aos R$ 17,3 bilhões da edição anterior do plano.
Na avaliação do CEO da Absolar, Rodrigo Sauaia, com o novo Plano Safra há agora linhas de crédito para geração própria de energia solar disponíveis para produtores rurais de todos os portes, em todas as regiões do Brasil. A tecnologia, segundo ele, pode apoiar o setor em várias demandas energéticas, seja no bombeamento e na irrigação de água, na refrigeração de carnes, leite e outros produtos, ou na regulação de temperatura para a produção de aves, na iluminação, em cercas elétricas, em sistemas de telecomunicação e no monitoramento da propriedade rural.
Segundo dados da associação, os investimentos em energia solar nas propriedades rurais já ultrapassam R$ 3,7 bilhões no país. Atualmente, os produtores rurais representam 13,1% da potência instalada na geração própria de energia solar, com mais de 37 mil sistemas instalados, que geraram mais de 23 mil empregos no Brasil.
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