A Eletrobras Furnas está implantando junto ao reservatório da Usina Hidrelétrica de Itumbiara, em Minas Gerais e Goiás, um sistema híbrido de geração de energia e produção de hidrogênio verde.  Fruto de um projeto de pesquisa e desenvolvimento (P&D), o sistema combina usina solar fotovoltaica fixa no solo e outra com estrutura flutuante, agregadas com planta de armazenamento de energia em baterias de lítio e unidade de produção de hidrogênio verde por eletrólise da água.

Batizado de “Desenvolvimento de sinergia entre as fontes hidrelétrica e solar com armazenamento de energias sazonais e intermitentes em sistemas de hidrogênio e eletroquímico – SHSBH2”, o projeto é uma parceria de Furnas com a empresa Base Energia Sustentável, associada à Universidade Estadual Paulista (Unesp); a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp); o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai); a Universidade de Brandemburgo, na Alemanha; e a PV Solar, empresa especializada na implantação de sistemas fotovoltaicos.

Em fase adiantada de instalação, com previsão de entrega em novembro, a energia solar gerada em Itumbiara totalizará 1 MWp, dos quais 200 kWp serão provenientes dos módulos solares flutuantes no reservatório da usina e que serão interligados aos 800 kWp instalados em solo. Sob coordenação da Base Energia Sustentável, os sistemas FV contarão com 10 inversores da alemã SMA, sendo oito deles em solo e dois para a planta flutuante, localizada mais próximo à barragem. Também estão sendo utilizados dois sistemas de monitoramento de inversores e 11 string combiner boxes da SMA.

Além desses equipamentos, haverá um banco de baterias da WEG de 600 kWh, eletrolisador alcalino para produção de hidrogênio e uma célula a combustível, ambos da Hydrogenics, além dos 2564 módulos solares fotovoltaicos Trina de 390 Wp cada. Também fazem parte dos sistemas um  conjunto de estruturas de fixação ao solo da Politec e outro conjunto de estruturas flutuantes desenvolvidas pela Base.

Em um primeiro momento, a produção elétrica não será comercializada, mas destinada ao sistema de serviços auxiliares da unidade, para uso em iluminação, tomadas e ventilação. A energia sairá da planta para o barramento de 13,8 kV da subestação da própria UHE por meio de redes aérea e subterrânea. Após a comprovação da eficiência do projeto, Furnas poderá incluir o sistema híbrido de Itumbiara em sua matriz de geração de energia elétrica.



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