Um novo relatório da Agência Internacional de Energia Renovável (Irena, na sigla em inglês), em colaboração com a OIT - Organização Internacional do Trabalho, intitulado “Energias Renováveis e Empregos: Revisão Anual 2022”, apontou que o Brasil é o sexto país com mais empregos no setor solar fotovoltaico, com 115,2 mil vagas já criadas. Com dados referentes a 2021, o Brasil ultrapassou nessa contagem países como Alemanha, Reino Unido e Austrália, tradicionais na fonte solar.

O desempenho do País reflete o crescimento global da fonte, maior entre todas as demais renováveis. Do total consolidado em 2021, contando as demais (eólica, hidrelétricas, biocombustíveis), de 12,7 milhões de empregos (700 mil a mais do que 2020), a solar é a maior empregadora, com 4,3 milhões de vagas ocupadas. A China lidera tanto o ranking com todas as fontes, com 42% do total (5,3 milhões), como especificamente o da solar, com 2,6 milhões de empregos.

O Brasil, ao se considerar todas as fontes, tem 1,27 milhão de empregos em renováveis, ficando aí no segundo lugar global, com 10% do total, atrás apenas da China e na frente da União Europeia, que tem 1,24 milhão de empregos. O desempenho brasileiro nesse caso se justifica por conta de sua liderança no setor de biocombustíveis (etanol, biodiesel), com 874,2 mil empregos contabilizados até 2021.

Apesar da força em biocombustíveis, o próprio estudo aponta que o Brasil é um dos países com destaque na geração de empregos de outras renováveis, em solar e eólica, por conta dos investimentos nas duas fontes. No primeiro caso, a solar já passou de uma estimativa de 72,6 mil empregos, da própria Irena, em 2020, para as 115 mil vagas de 2021. A se guiar pelo crescimento da fonte em 2022, que pode até dobrar sua capacidade segundo projeções da Absolar, chegando a 24,9 GW até o fim do ano, a geração de empregos será fortemente impactada no próximo relatório da Irena.



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