A reunião dos ministros do meio ambiente, clima e energia do G7, realizada na semana passada em Sapporo, no Japão, foi encerrada com um comunicado contra a perda de biodiversidade, a poluição plástica e a crise climática. Os países estabeleceram as primeiras metas coletivas para aumentar a energia renovável de modo a impulsionar o desenvolvimento desse setor. Também se comprometeram pela primeira vez a eliminar gradualmente todos os combustíveis fósseis, além de reduzir a poluição adicional por plásticos a zero até 2040.

As primeiras metas coletivas estabelecidas para expansão de energia renovável são de um aumento de mais de 1 TW em energia fotovoltaica e 150 GW de capacidade eólica offshore até 2030. Em relação aos combustíveis fósseis, os sete países enfatizaram compromisso com a eliminação gradual do carvão e especificaram que nenhuma nova usina a carvão poderá ser construída. Também deram mais atenção a outros gases de efeito estufa além do dióxido de carbono, como o hexafluoreto de enxofre, que é 20.000 vezes mais prejudicial ao clima do que o CO2. Foi acordado limitar o uso e, sempre que possível, substituir totalmente o hexafluoreto de enxofre por alternativas favoráveis ao clima em novas instalações.

Segundo Patrick Graichen, secretário do Ministério de Assuntos Econômicos da Alemanha, os países do G7 “tiraram as conclusões corretas da crise energética desencadeada pela terrível guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia e aceleraram a transição energética expandindo rapidamente a energia renovável e fazendo progressos em eficiência energética, economia de energia e descarbonização da indústria. (...) Este é o caminho certo para a ação climática e a segurança do nosso abastecimento de energia. No entanto, para alcançar nossos objetivos, devemos aumentar consideravelmente nossos esforços e mobilizar os investimentos necessários”. Segundo ele, o comunicado foi uma mensagem clara para os países parceiros fora do G7 antes da COP28, e para os tomadores de decisão na indústria e na sociedade.

Para acelerar ainda mais a transição energética, o G7 enfatizou a necessidade de descarbonizar as cadeias de fornecimento de matérias-primas críticas, torná-las mais sustentáveis e aumentar os investimentos na fabricação e instalação de tecnologias de energia limpa, como eletrolisadores, bombas de calor e baterias. Apesar desta tendência positiva, uma parcela considerável do financiamento privado continua a fluir para o setor de combustíveis fósseis, o que o G7 identificou especificamente como um problema. Os países do grupo reafirmaram seu compromisso de eliminar gradualmente o financiamento de combustíveis fósseis e atualizarão sua abordagem sobre o assunto até o final de 2023.

A reunião do G7 dos ministros do meio ambiente, clima e energia foi uma prévia para a cúpula do G7 de chefes de estado e de governo em Hiroshima em maio. Os ministros abriram seu comunicado com uma clara declaração de solidariedade dos países do G7 com a Ucrânia, em relação à guerra com a Rússia.



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