Os investimentos em produção e transporte de hidrogênio verde (H2V) devem chegar a até US$ 12 trilhões entre 2025 e 2050, segundo estudo da consultoria Boston Consulting Group (BCG). Para chegar a esse valor, a análise se baseia em cenário que partirá da atual demanda global de hidrogênio de 94 milhões de toneladas anuais (dados de 2021), a maior parte dela atendida por energia fóssil (hidrogênio cinza), para a projeção de demanda de 2050 que oscila entre 350 milhões e 530 milhões de toneladas por ano principalmente de hidrogênio de baixo carbono.

Como pano de fundo para tornar o ambiente favorável ao H2V, o estudo aponta uma grande quantidade de capital global que deve ser empregada para descarbonizar as fontes de energia dos países desenvolvidos e para os países em desenvolvimento criarem infraestrutura básica. Segundo a consultoria, para atender os objetivos de desenvolvimento sustentável do Acordo de Paris de todos esses países, os custos financeiros são estimados entre US$ 5 trilhões e US$ 7 trilhões por ano de 2020 a 2030.

De acordo com a consultoria, atualmente investidores têm ativos de US$ 1,1 trilhão nas áreas de energia, meio ambiente, transporte e logística, infraestrutura digital e social. A expectativa é a de que sejam aportados em infraestrutura entre US$ 300 bilhões a US$ 700 bilhões até 2030, o que cria ambiente para aportes em produção e transporte do hidrogênio verde.

Para o BCG, o hidrogênio de baixo carbono desempenhará papel na descarbonização de várias indústrias cujas emissões são difíceis de reduzir, como a química, aviação, siderurgia, transporte marítimo e transporte rodoviário de longa distância. Para atender a demanda, governos e empresas devem investir cerca de US$ 6 trilhões a US$ 12 trilhões entre 2025 e 2050 em produção e transporte de hidrogênio de baixo carbono.

Para as indústrias interessadas no boom de investimentos, o estudo aponta quatro estratégias que devem ser seguidas. A primeira seria a de buscar oportunidades em países com políticas de incentivo e mitigação de riscos do investimento ou que planejem criar regulamentação para o mercado de hidrogênio verde. A segunda é fazer parcerias para gestão de riscos associados com investimentos em projetos de baixo carbono. A terceira estratégia é criar portfólio de investimentos para o hidrogênio verde, com vista a sinergias que garantam melhor rendimento da produção e, por último, o estudo recomenda uma avaliação criteriosa dos riscos adicionais do projetos.



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