O governador Romeu Zema lançou nesta terça-feira, dia 9, na bolsa Nasdaq em Nova Iorque, a iniciativa Vale do Lítio (Lithium Valley Brazil). O projeto tem como objetivo desenvolver cidades do nordeste e norte do estado em torno da cadeia produtiva do lítio, gerando mais empregos e renda para a população das duas regiões.

O chamado Vale do Lítio é formado por 14 municípios que abrigam a maior reserva nacional de lítio: Araçuaí, Capelinha, Coronel Murta, Itaobim, Itinga, Malacacheta, Medina, Minas Novas, Pedra Azul, Virgem da Lapa, Teófilo Otoni e Turmalina, no nordeste de Minas, e Rubelita e Salinas, no norte do estado. O mineral é utilizado em diversas aplicações, sendo a mais comum a fabricação de baterias de longa duração, e deve ser bastante demandado nos próximos anos pela indústria, de forma geral, particularmente e de veículos elétricos e de baterias estacionárias. O governador lembrou que o lítio faz parte da geração de energia limpa, uma vez que o mineral proporciona boa parte do armazenamento da energia nas baterias, e “terá papel fundamental na transição energética”.

De acordo com Zema, o lançamento mostra ao mundo o grande potencial de Minas na produção do metal estratégico. “Queremos que o Vale do Jequitinhonha se transforme no vale da tecnologia para a produção de baterias e demais produtos de valor agregado”, explicou.

Idealizado pela Invest Minas, o Vale do Lítio é resultado de articulação com diversos órgãos governamentais estaduais e municipais para a formulação de políticas públicas, com foco na atração de empresas e investimentos, qualificação da mão de obra, incentivo à tecnologia e fornecimento da infraestrutura necessária para o crescimento da região. Segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico de MG, Fernando Passalio, o projeto busca atrair diversos atores da cadeia produtiva do lítio para uma mesma região, onde será possível extrair, beneficiar e fabricar os produtos que vão abastecer mercados em todo o mundo. “Isso trará diversas empresas e empregos de qualidade para a região, transformando a realidade local”, ressaltou.

Segundo comunicado do governo, o lítio encontrado em Minas tem alta pureza, o que facilita o uso na fabricação de baterias mais potentes. Além disso, a extração em terras mineiras utiliza menos água, tornando o processo menos nocivo ao meio ambiente. O estado já tem a Companhia Brasileira de Lítio em operação no Vale do Jequitinhonha, enquanto a Sigma obteve licença operacional em março e escoará a primeira leva da produção em maio. Empresas como Latin Resources, Atlas Lithium e Lithium Ionic estão realizando programa de sondagem e, em Nazareno, na mesorregião do Campo das Vertentes, a AMG já produz o concentrado de lítio e vai investir em uma planta química para transformar concentrado em carbonato.



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