Responsável pela implantação da primeira usina solar flutuante em lago de mineração no Brasil, inaugurada em novembro na cidade de Roseira (SP), para o grupo AB Areias,  a integradora F2B resolveu criar um modelo de negócios especialmente voltado para difundir a solução para outras áreas alagadas do processo de mineração em todo o Brasil.

A ideia é implantar usinas solares flutuantes em cavas exauridas das mineradoras e oferecer a energia para companhias estabelecidas na região, via negociação no Ambiente de Contratação Livre de Energia (ACL), transformando as áreas alagadas em centros de comercialização de energia. Segundo a proposta, também faz parte do modelo a instalação das usinas na modalidade de geração distribuída, cujos créditos seriam compensados pela mineradora.

A F2B já mapeou o potencial de instalação dessas usinas em Minas Gerais e Mato Grosso, o que representaria um mercado superior a mais de R$ 180 milhões em investimentos nos próximos dois anos, incluindo projetos de mais de 200 MW instalados no total. Para se ter uma ideia, o projeto em Roseira, para o grupo AB Areias, somou um total de R$ 5 milhões para implementar a usina flutuante de 1 MW.

A tecnologia dos flutuadores utilizada pela F2B, de fabricação própria, é de origem italiana, da empresa NGR Island. “Com a fabricação em território brasileiro, a nossa intenção é oferecer aos clientes a possibilidade de linhas de crédito bastante atrativas, como o Finame, por exemplo. A expectativa da empresa é obter um volume de negócios da ordem de dezenas de milhões com a entrada de cerca de 200 MW nos próximos 12 meses”, disse o sócio-diretor da F2B, Orestes Gonçalves.

A capacidade de produção da F2B hoje é de 80 MW por ano em flutuadores, com perspectiva de chegar em 2024 com cerca de 300 MW. “Com o sucesso da parceria com o grupo AB Areias, a perspectiva agora é replicar nas outras unidades do grupo e levar para outros estados brasileiros”, completou Gonçalves.



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