Chega à terceira edição a pesquisa anual de FotoVolt que aponta as marcas melhor conceituadas junto aos usuários especializados e especificadores de sistemas de energia solar fotovoltaica.


Em 2022, seu melhor ano no Brasil até aqui, a fonte solar fotovoltaica cresceu quase 70% e atingiu 23,9 GW de potência instalada em operação, o que a fez ultrapassar a fonte eólica e se tornar a segunda em capacidade nominal da matriz elétrica brasileira, atrás da (por muito tempo ainda imbatível) fonte hídrica, que fechou 2022 com 109,7 GW.

Os 23,9 GW são a soma das potências das grandes usinas centralizadas com as dos pequenos e médios sistemas de geração distribuída. Estes foram especialmente impulsionados pelo prazo de vacância, encerrado em 6 de janeiro deste ano, dado pela Lei 14300/2022 para início de cobrança escalonada da tarifa fio sobre a energia injetada na rede. Em 2022 foram conectados mais de 800 mil novos sistemas solares distribuídos, com potência somada de cerca de 7000 GW, e o segmento atingiu 16,4 GW instalados. Já a solar centralizada fechou o ano com 7,6 mil GW, 32% a mais do que tinha em dezembro de 2021. Desde 2012, o setor como um todo já recebeu investimentos de R$ 120,8 bilhões e gerou 705 mil empregos acumulados, segundo a Absolar - Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica.

As projeções otimistas se mantêm. Mesmo com o início da cobrança do uso da rede desde 7 de janeiro, entidades, analistas e empresários do setor são unânimes em afirmar que o mercado de geração solar distribuída permanece altamente atrativo. E, ainda segundo a Absolar, em 2023 devem ser adicionados mais de 10 GW à potência instalada do setor, somando usinas centralizadas e distribuídas. Portanto, a fonte deve ultrapassar 34 GW em operação no próximo ano, 21,6 GW dos quais na GD. Para isso, serão criadas no setor 300 mil novas vagas de emprego e investidos mais R$ 50 bilhões.

Essa pujança impressiona e atrai a atenção mundial. Produtos de toda parte continuam a chegar ao País e já há uma considerável produção local, a qual deve intensificar-se nos próximos anos. Assim, com a grande quantidade marcas disponíveis no mercado, nem sempre é simples distinguir as melhores, as mais confiáveis, as mais duráveis e as de melhor desempenho. E esta é a motivação da pesquisa “Marcas de Excelência”, que ouve especialistas experientes justamente sobre as marcam que eles têm em mais alta conta.

A pesquisa

Em setembro de 2022, FotoVolt encaminhou à sua base de leitores (composta por empresários e profissionais técnicos de empresas de engenharia, integradoras, construtoras, do setor de comércio e serviços, de órgãos da administração direta, instituições de ensino e outras) um questionário que continha a pergunta “Dos produtos abaixo relacionados, qual é, em sua opinião, a marca de excelência?”, acompanhada de uma lista com 29 itens. Este são na maioria produtos e equipamentos específicos para instalações de energia solar FV (empregadas nas diversas etapas do projeto, implantação, operação e manutenção) e para armazenamento da energia gerada (tanto sistemas completos quanto baterias, isoladamente). Há também itens de uso mais geral em instalações elétricas mas muito utilizados em sistemas FV, como, por exemplo, eletrocentros, transformadores elétricos, instrumentos de medição, etc.

Entre outubro e novembro foram captadas 314 respostas válidas (veja aqui origem das respostas e áreas de atuação dos consultados), assim consideradas apenas as enviadas por pessoas que se declararam “usuários” e/ou “especificadores” de produtos fotovoltaicos. Os resultados das indicações desses consultados são apresentados em tabelas, uma para cada produto, em percentuais do universo do específico do item. Nelas também é possível comparar a evolução do conceito das marcas (ao menos da maioria delas) junto ao público especializado, pois são dados os resultados da pesquisa deste ano e também os do ano passado.

O questionário orientava que o profissional só se manifestasse sobre produtos com os quais tivesse experiência, e assim nenhum dos consultados indicou marcas para todos os itens da lista, sendo esta a razão de o universo de cada tabela ser sempre menor do que os 314 questionários válidos. A propósito, a tabela I traz uma relação dos itens sobre os quais os consultados mais se manifestaram e que, portanto, podem ser considerados os itens de uso mais difundido no setor. Já a tabela II relaciona as 10 marcas que receberam mais indicações em um único produto, com os itens correspondentes.

Como a resposta era espontânea, alguns consultados indicaram mais de uma marca para um mesmo produto, por considerá-las iguais em excelência. Por isso, em algumas tabelas, a soma dos percentuais individuais das marcas pode resultar maior que 100%. Por fim, como sempre alertamos, por razões de espaço, as tabelas só trazem as marcas que obtiveram no mínimo 2% das indicações de cada produto. Isso significa que, mesmo marcas que estão na parte de baixo das tabelas podem estar à frente de outras que nelas não entraram ― às vezes, à frente de muitas outras.