O alto consumo de energia elétrica em todos os setores da sociedade é um fator importante e discutido não apenas no Brasil, como também em outras partes do mundo. Segundo a organização ASE - Aliança para Economizar Energia, somente em sistemas de saneamento esse gasto pode chegar a 3% do total gerado no país, uma taxa bastante expressiva. Por isso, a Atibaia Saneamento vem aplicando novas medidas de eficiência, a fim de diminuir a demanda pelo recurso nas ETEs - Estações de Tratamento de Esgoto em Atibaia, SP.

A operação do Grupo Iguá responsável pelo sistema de esgotamento sanitário em Atibaia tem atualmente duas iniciativas em curso. Uma delas é a implantação de uma ferramenta de automação para a ETE Estoril. A tecnologia tem como objetivo principal o controle autônomo dos sopradores de ar no local, prática que reduz o consumo de energia sem interferir na qualidade do tratamento do efluente tratado.

Além disso, a Atibaia Saneamento trabalha com controle operacional que realiza o revezamento dos equipamentos e constantes manutenções preditivas e preventivas para evitar qualquer atividade fora do planejamento. Em paralelo, a empresa de saneamento dedica-se para a migração das duas grandes ETEs, Estoril e Caetetuba, do mercado cativo para o mercado livre de energia, uma modalidade que possui tarifas mais atrativas para o setor em que a concessionária está inserida.

A principal diferença entre os dois tipos está no transporte e fornecimento do insumo. No mercado cativo, os serviços são ofertados por uma única empresa, a distribuidora local de energia e todas as tarifas cobradas são regulamentadas e predefinidas pela ANEEL, com taxas e reajustes fixos pelo período de 12 meses. Enquanto isso, o mercado livre de energia opera de forma distinta. Nele, existe a possibilidade de contratação de geradores variados, de acordo com o melhor custo/benefício, período de contrato e necessidades especiais da concessionária. Assim, as fontes podem ser as mais diversas, como de uma hidrelétrica, usina térmica, fotovoltaica ou eólica, por exemplo.

Em Atibaia, a migração está prevista para ser concluída até junho e a automação do sistema ao final do próximo mês de maio. Entre os benefícios está, é claro, o menor custo em energia elétrica, mas também a garantia da qualidade e continuidade do processo de tratamento de esgoto na cidade.

“A diminuição no consumo de energia elétrica é uma prioridade para nós, já que representa um dos principais custos da planta atualmente. Com a implantação dessas medidas a expectativa é de que haja uma economia de mais que 10% nas ETEs e, consequentemente, um processo de tratamento de esgoto cada vez mais sustentável”, finaliza Mirian Guillen, diretora operacional da Atibaia Saneamento.



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