Do total de ocorrências registradas pela Sanasa de Campinas, SP, relacionadas a vazamentos e obstruções na rede de esgoto, a maioria refere-se ao mau uso da tubulação. No ano passado, foram recolhidos na entrada das ETEs - estações de tratamento de esgoto e nas EPARs - estações produtoras de água de reúso aproximadamente 400 toneladas de resíduos sólidos que deveriam ter sido descartados como lixo orgânico ou separados como objetos recicláveis.

De acordo com o gerente de Operação de Esgoto da Sanasa, Márcio Barbosa, é comum encontrar na tubulação embalagens de papel, plástico, lenços umedecidos, absorventes, preservativos e pedaços de pano, bem como papel higiênico, brinquedos e até fraldas descartáveis. “Fio dental e cabelo também podem causar entupimentos e, consequentemente, transtornos à população, como vazamento na via pública ou retorno do esgoto nos imóveis”, acrescenta.

Além do mau cheiro, esses vazamentos poluem córregos e rios, atraem pragas e prejudicam a saúde da população. Se o despejo irregular de resíduos não entupir a rede, o lixo vai parar nas estações de tratamento, correndo o risco de danificar os equipamentos e até causar a paralisação dessas unidades.

Ligações irregulares de água de chuva na rede de esgoto também prejudicam o sistema de afastamento e tratamento. “Esta água despejada irregularmente pode até dobrar o volume de esgoto, que geralmente chega às unidades de tratamento passando de uma vazão de 100 L/s. As ETEs não foram dimensionadas para receber uma quantidade como esta”, adverte Barbosa.

A Sanasa executa um trabalho intensivo de conscientização e fiscalização para identificar os responsáveis tanto pelo despejo de resíduos sólidos quanto por ligações irregulares de água de chuva. Ao serem identificados durante vistoria feita nos imóveis, são notificados e, caso não regularizem a situação dentro do prazo estabelecido, são multados. “É muito importante que a população se conscientize e use corretamente a rede de esgoto, evitando assim transtornos para a população e município, pois evita gastos adicionais que encarecem o processo do tratamento”, alerta o gerente de Operação de Esgoto da Sanasa.



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