A Phytorestore apresentou na IFAT Brasil, realizada entre os dias 24 e 26 de abril de 2024 em São Paulo, a solução de jardins filtrantes, uma abordagem que combina a eficácia do tratamento dos efluentes com a restauração natural do ecossistema aquático, com base em sistema de fitorremediação, uma filtragem biológica composta por camadas de vegetação e substrato natural, que trabalha em conjunto para remover os poluentes do esgoto.

Por meio de uma combinação de processos naturais, a água é filtrada e despoluída à medida que flui por meio das áreas de vegetação específicas. Isso não apenas melhora a qualidade da água, mas também estimula a regeneração de ecossistemas fluviais degradados.
“Ao adotar essa tecnologia, as comunidades e empresas reduzem significativamente seu impacto ambiental. A tecnologia sustentável promove a conservação da água, a proteção da vida aquática e a mitigação da poluição do solo, contribuindo para um ambiente mais saudável e equilibrado”, diz Cristiane Schwanka (foto), CEO da Physrestore no Brasil.
Altamente adaptáveis, os jardins filtrantes podem ser implementados em diferentes escalas, desde residências até grandes instalações industriais. “Independentemente do tamanho do projeto, a eficácia e os benefícios ambientais desta solução são mais do que garantidos”, afirma.
A Phytorestore foi fundada na França por Thierry Jacquet, paisagista, engenheiro ecológico e planejador urbano. O primeiro jardim filtrante em espaços públicos foi construído entre 2003 e 2006, em Nanterre, região metropolitana de Paris, para despoluir o rio Sena.

Entre os exemplos recentes de aplicação, estão o Parque Caiara, em Recife, PE, um projeto de 7 mil m2 para recuperar as águas do Riacho do Cavouco, um dos afluentes do Rio Capibaribe, principal rio da cidade. E em Benevides, na região metropolitana do Pará, um jardim filtrante em uma área de 3,7 mil m2 foi instalado para o tratamento do esgoto doméstico de um CD - centro de distribuição.
“Sem qualquer uso de produto químico e com baixo consumo energético, a solução tem capacidade de tratamento de esgoto doméstico para até 700 pessoas. Ou um total de 62,75 m3 ao dia”, conta Leo Cesar Melo, CEO da Allonda, empresa de engenharia com foco em soluções sustentáveis, responsável pela implantação do jardim filtrante no CD, em parceria com Phytorestore.
De acordo com o CEO, entre as vantagens que esse tipo projeto oferece, além de ser uma solução sustentável, é o baixo custo de operação, bem mais acessível para um resultado semelhante ao de uma estação de tratamento convencional, e de rápida implantação.
Além da combinação de ecossistemas, com plantas selecionadas de acordo com a sua capacidade de extração, fixação e tratamento dos poluentes, é necessário também levar em consideração fatores ambientais da região como as características do clima e as espécies vegetais nativas mais indicadas para o projeto, a partir da análise dos poluentes que serão tratados no sistema. A solução é pensada de forma integrada com a localidade.
Para Leo Cesar Melo, a adoção por esse tipo de solução deve crescer conforme for aumentando a consciência pela necessidade de preservação dos nossos recursos hídricos. “É urgente que se faça melhor uso da água em todo o mundo”, reforça o CEO da Allonda. Segundo pesquisa divulgada no ano passado pela revista online Nature Water, o ritmo de poluição da água poderá causar uma crise de abastecimento hídrico até o final do século, se nada for feito para mudar o cenário atual. Isso pode fazer com que até 5,5 bilhões de pessoas em todo o mundo estejam expostas à água poluída pelo menos até 2100.



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