por Rodrigo Aquino*

 

 

O termo Digital Twin, ou “gêmeo digital”, em tradução literal, está cada vez mais presente no universo corporativo. O professor Rodrigo Aquino, da Faculdade do Grupo Etapa (ESEG), explica que este conceito, que reúne uma série de tecnologias para espelhar o mundo real em simulações e inseri-las no escopo do desenvolvimento de projetos, ganhou ainda mais visibilidade devido às discussões recentes sobre o metaverso.

 

De acordo com a empresa de consultoria Gartner, em 2021, metade das maiores empresas do mundo já utilizavam gêmeos digitais, e a estimativa é de que, até 2023, as receitas geradas a partir do uso de tecnologias que se aproximam desse conceito saltem de US$ 9,8 bilhões para US$ 13 bilhões. Ainda de acordo com a Grand View Research, empresa especializada em consultoria, o mercado global de Digital Twins chegará, até 2025, a mais de US$ 25 bilhões em receitas.

Gêmeo digital é o tema abordado por um professor da ESEG que também comenta sobre o uso de digital twin no universo corporativo

 

Para Rodrigo Aquino, a característica principal do que é denominado Digital Twin é ser uma réplica exata de algo físico, podendo ser qualquer coisa, desde um prédio até um secador de cabelos, por exemplo.

 

“Podemos criar um gêmeo digital por meio de dados coletados continuamente por sensores presentes em algo físico. Com esses dados podemos realizar testes e estimar situações neste objeto físico. Dessa maneira, seria possível estimar uma manutenção prévia de uma máquina em uso, diminuindo o custo de conserto caso ela tivesse falhado de maneira grave. Além disso, ainda por meio de simulações, é possível melhorar a eficiência de um processo produtivo e estimar, de uma maneira melhor, o ciclo de vida de um produto”, explicou Rodrigo, sobre o conceito a ser aplicado no universo corporativo.

 

Além do mundo corporativo, Rodrigo explica que se pode criar Digital Twins em diversas áreas como, por exemplo, no segmento de automóveis, para estimar o tempo de vida de um carro e a manutenção dos sistemas operacionais; na área da saúde, onde é possível realizar testes de eficiência de medicamentos no gêmeo digital para não haver necessidade de colocar o paciente em risco; e na construção civil, onde se pode estimar os parâmetros de carga de edificações, para simular situações de risco como terremotos.

 

 

Digital Twins e o metaverso

 

Nos últimos dois anos, com a ascensão do conceito de metaverso, o Digital Twin também vem sendo associado a esse mundo imersivo. Recentemente, a RTFKT, startup comprada pela Nike no final do ano passado, lançou sua primeira coleção phygital. Neste caso, o conceito de gêmeo digital ganha uma nova conotação. Ou seja, as pessoas da comunidade são avisadas de uma coleção exclusiva ou com a assinatura de um designer específico, adquirem o NFT e a partir de então também podem entrar na fila para ter o tênis físico.

 

*Rodrigo Aquino é coordenador de engenharia de computação da Faculdade do Grupo Etapa (ESEG).

 

 

Imagem: ESEG/Divulgação

 

 

#GêmeoDigital #DigitalTwin



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