O setor de comércio já compra 39% de sua energia elétrica no mercado livre, o ACL, segundo levantamento da Abraceel - Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia. A participação foi alcançada em setembro. No mesmo mês do ano passado esse tipo de empresa tinha 35% do consumo elétrico no ACL.

Na análise da Abraceel, o movimento foi intensificado a partir de janeiro de 2024, quando a Portaria 50 do MME - Ministério de Minas e Energia autorizou todos os consumidores de energia em média e alta tensão, independente da demanda, a escolher o fornecedor no mercado livre de energia. Até então, apenas os consumidores com demanda maior que 500 kW tinham liberdade para escolher o fornecedor.

No segmento comercial, segundo estudo da consultoria Volt Robotics, há mais de 6,1 milhões de unidades consumidoras, que demandam 8 GW médios. Dessas, apenas 2 mil (647 MW médios), entre os maiores estabelecimentos comerciais brasileiros, já estão no mercado livre de energia. Outros 77 mil (2,1 GW médios) estão aptos a comprar energia do fornecedor que escolher, pois estão na média e alta tensão, atendendo o requisito para migrar do mercado regulado ao livre.

Mas ainda restam mais de 6 milhões de consumidores comerciais na baixa tensão, impossibilitados de migrar. Os benefícios com a migração para o mercado livre somam R$ 13,5 bilhões em redução de custos por ano e até 290 mil novos empregos, em todos os estados brasileiros, especialmente em São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Paraná e Ceará. Já há mais tempo apta a negociar no ACL, a indústria nacional compra 92% do consumo de energia no mercado livre.



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