Em balanço apresentado no dia 16 de fevereiro, a EDP anunciou ter registrado lucro líquido de R$ 2,2 bilhões em 2021, um aumento de 43% em relação ao ano anterior. Já o EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) chegou a R$ 4,3 bilhões, uma alta de 28% na comparação com 2020.
Para o grupo português, o desempenho considerado recorde reflete o atendimento inicial à estratégia para o ciclo 2021-2025, apresentada em abril do ano passado, cujo foco envolve os segmentos de transmissão, energia solar e distribuição.
Em transmissão, o ano de 2021 foi considerado muito importante para a companhia. Com uma estratégia de criação de valor por meio da rotação de ativos, destacaram-se duas transações: a compra da Celg T em leilão realizado em outubro do ano passado (concluída em fevereiro deste ano), e a venda, no mesmo mês, de três ativos de transmissão – os lotes 24, no Espírito Santo, e 7 e 11, no Maranhão. Nestas operações, a companhia alienou 439 km de linhas e três subestações e incorporou 756 km de linhas e 14 subestações. Além disso, também em 2021 a EDP adquiriu o lote Mata Grande, no Maranhão, no mercado secundário, e o lote 1 do leilão de transmissão nº 1/2021, entre os estados do Acre e Rondônia.
Em geração solar fotovoltaica, o destaque ficou por conta do anúncio em outubro de 2021 da sua primeira usina solar centralizada, de grande porte, a Monte Verde Solar, no Rio Grande do Norte, em parceria com a EDP Renováveis. Com capacidade instalada de 267 MWp e PPA de 15 anos já firmado com a EDP Comercializadora, a usina deve entrar em operação em 2024.
Ainda em solar, foi efetivada a aquisição da AES Inova, plataforma de investimento em geração distribuída da AES Brasil, e a compra de participação de 40% na Blue Sol, empresa de geração fotovoltaica voltada ao mercado B2C. O mercado de GD já representa para a EDP 40,5 MWp instalados e mais 26,4 MWp contratados. Em solar centralizada, a empresa ainda promete mais investimentos, com uma UFV no estado de São Paulo, o Parque Novo Oriente, de 250 MW, e mais outra com potência similar em negociação em Minas Gerais, ambas a serem divulgadas ainda em 2022.
Na terceira frente de investimentos, em distribuição, ainda seu carro-chefe no Brasil, em 2021 a EDP aportou R$ 1,1 bilhão em suas áreas de concessão, em São Paulo e no Espírito Santo, 46% mais do que 2020. O volume de energia distribuída, por sua vez, registrou crescimento de 5,5%, em função da recuperação da atividade econômica e da expansão no número de clientes. Outro destaque foi o reajuste tarifário das distribuidoras, que resultou em aumentos de 46% e 33% da Parcela B, na EDP Espírito Santo e na EDP São Paulo, respectivamente.
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