A Ocean Winds, joint venture global entre a francesa Engie e a portuguesa EDP para a fonte eólica offshore, inaugurou sua operação local, a OW Brasil. A entrada no País, considerada estratégica para os planos da empresa, é representada por cinco projetos já em processo de licenciamento no Ibama, que avalia atualmente 56 projetos de 133 GW no total para a fonte.

Os projetos da OW para o Brasil, que buscam a licença prévia ambiental, somam pouco mais de 15 GW e se distribuem na costa do Sul, Sudeste e Nordeste. A começar pelos projetos nordestinos, são o Vento Tupi, de 999 MW, no Piauí, que deve ter 74 turbinas de 13,5 MW de potência cada. Outro na região é o Maral, a 17 km da costa do Rio Grande do Norte, com capacidade para 2,1 GW, com projeto de 149 aerogeradores de 13,5 MW.

No sul do País, são dois projetos. O maior deles é o Ventos do Sul, no Rio Grande do Sul, com potência de 6,5 GW. Seu planejamento contempla duas áreas fixadas no fundo do oceano e uma flutuante e envolve 458 turbinas em águas de 20 a 108 metros de profundidade, dividindo mesma subestação em terra e linhas de transmissão terrestre. O segundo é o Tramandaí Offshore, de 700 MW, localizado próximo ao parque eólico onshore da EDP Renováveis em Tramandaí.

Já no Sudeste, trata-se de complexo eólico de 5 GW, a aproximadamente 39 km da costa do Rio de Janeiro. O projeto será desenvolvido em duas fases, sendo a primeira com 61 aerogeradores para uma capacidade total de 837 MW e segunda com 309 turbinas eólicas para uma capacidade de 4172 MW. 

A Ocean Winds tem uma carteira de projetos eólicos de 11,2 GW na França, Bélgica, Espanha, Portugal, Reino Unido, Estados Unidos e Coreia do Sul. Segundo o CEO da empresa, Bautista Rodríguez, a empresa se posicionou como líder pioneira no setor eólico offshore e visa expandir seu pipeline de projetos. “A OW realiza uma análise e seleção rigorosas do mercado para garantir que somente países com fundamentos sólidos sejam selecionados, e desde 2020 o Brasil demonstra um alto potencial para projetos eólicos offshore”, diz. Segundo ele, é positivo o fato de o país estar avançando na questão regulatória, com a publicação em janeiro do Decreto 10.946/2022, que dá diretrizes para o setor. 



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