A cogeração de energia em operação comercial no Brasil ultrapassou a marca de 20 GW de potência instalada. Em junho, o País registrou um total de 20,11 GW, o que representa 10,9% da matriz elétrica brasileira, com total de 183,59 GW. Neste ano, segundo compilação de dados oficiais feito pela Cogen - Associação da Indústria de Cogeração de Energia, foram acrescentados 558,7 MW da fonte, sendo 465,7 MW em novas usinas e outros 93 MW em ampliações de capacidade instalada.
Somente ao longo do mês de junho, foram adicionados 12 MW em usinas de bagaço de cana-de-açúcar, 202,7 MW de licor negro (resíduo da indústria de celulose e papel), 26 MW de óleos vegetais e 10 MW de resíduos de madeira, oriundos das novas usinas COAF (Timbaúba – PE), LD Celulose (Indianópolis – MG), Inpasa Dourados (Dourados – MS) e Cantá (Cantá – RR), respectivamente. Já ao longo de maio, foram adicionados 93 MW de bagaço de cana e 10 MW de resíduos de madeira, oriundos da ampliação da usina USI BIO (Santo Inácio – PR) e das novas usinas UJU Bio (Colorado – PR) e Santa Luz (Boa Vista – RR).
Nos meses de março e abril, a Cogen registrou a adição de 50 MW de bagaço de cana, decorrentes da ampliação da usina Da Mata (Valparaíso - SP); 6,78 MW de óleos vegetais das novas usinas 3 Tentos Ijuí (Ijuí - RS), BBF Izidolândia (Alta Floresta D’Oeste - RO) e BBF Urucumacuã (Chupinguaia - RO); e outros 13,44 MW de resíduos de madeira, oriundos das novas usinas Bonfim (Cantá - RR) e Pau Rainha (Boa Vista - RR). Em janeiro, a Cogen já tinha apontado a adição de 134 MW de licor negro originado na nova usina Puma II, da Klabin (Ortigueira – PR).
Com os novos investimentos, a cogeração no País conta agora com 646 usinas. A produção de energia movida a bagaço de cana-de-açúcar lidera o segmento, com 383 usinas, totalizando 12,073 GW instalados, o que representa 60% do total da fonte. Em segundo lugar está o licor negro, com 20 usinas, perfazendo 3,407 GW instalados (16,9%). Já a cogeração a gás natural tem 93 usinas, somando 3,152 GW instalados (15,7%). A cogeração derivada de cavaco de madeira chega a 880 MW instalados (4,4%) derivados de 70 usinas. A produzida com biogás detém 369 MW instalados (1,8%), partindo de 50 usinas. Outras fontes somam 226 MW instalados, com 29 usinas, e completam o quadro (1,1%).
Para a Cogen, a projeção para 2022 é de entrada em operação comercial de 807,18 MW. “A cogeração tem importância estratégica para o Brasil. É uma energia distribuída, gerada em usinas próximas dos pontos de consumo, o que dispensa a necessidade de investimentos em longas linhas de transmissão. E é uma energia firme, com qualidade, não intermitente. A cogeração é fundamental para uma matriz elétrica mais equilibrada, poupando água dos reservatórios das hidrelétricas”, afirma o presidente executivo da Cogen, Newton Duarte.
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