A demanda global por eletricidade vai aumentar a um ritmo de 3,4% ao ano entre 2024 e 2026, aponta novo relatório da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês), o Electricity 2023. O crescimento será baseado no desempenho dos mercados emergentes, como ocorreu em 2023, quando o aumento foi de 2,2%, contra 2,4% em 2022.
O aumento na demanda teria sido menor caso as economias emergentes não puxassem o consumo nos períodos, já que os países mais desenvolvidos, segundo o estudo, foram mais afetados pelo ambiente macroeconômico desfavorável e pelo desempenho da indústria abaixo da média. O clima mais ameno em comparação com o ano anterior também exerceu pressão de baixa sobre o consumo de eletricidade em algumas regiões em 2023, incluindo os Estados Unidos.
No caso do Brasil, segundo o relatório, a demanda de eletricidade deve aumentar em média 2,5% ao ano em 2024-2026, em comparação com 2,2% no período de 2018-2023. Segundo a agência, o crescimento será apoiado pela atividade econômica aquecida e pelo maior consumo residencial. Até 2026, o prognóstico é que a maior parte da nova demanda do país seja atendida por energia eólica e solar fotovoltaica, com a geração combinada das duas fontes sendo 50% maior em 2026 em comparação com 2022, atingindo mais de 200 TWh e alcançando uma participação de geração combinada de quase 30% (ante cerca de 20% em 2023). Com isso, a geração renovável total no Brasil responderá por cerca de 95% da matriz elétrica em 2026.
Para a IEA, a expectativa de aumento de consumo global do que o registrado nos anos anteriores para o período até 2026 se deverá, além do crescimento econômico nos emergentes, à recuperação da indústria global e à eletrificação dos setores residencial e de transporte em muitas partes do mundo. Também continuará relevante, aponta o relatório, o maior uso de data centers, cujo consumo de energia é intensivo, assim como o utilizado em projetos de inteligência artificial (IA) e de criptomoedas, que podem dobrar até 2026.
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