A abertura do mercado livre de energia em 2024 para os demais consumidores de média e alta tensão, aqueles abaixo dos 500 kW de potência contratada, antes impedidos de participar do ACL, fez o volume de migrações nos dois primeiros meses deste ano equivaler a mais da metade do total de empresas migradas em 2023.
Segundo dados da CCEE - Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, foram registradas 3866 novas migrações nos dois primeiros meses de 2024, volume que representa 52% de todos os ingressos no ano passado. O segmento encerrou o período com o acumulado de 44.988 cargas, 10 mil unidades a mais do que no começo de março do ano passado.
Segundo o presidente do conselho de administração da CCEE, Alexandre Ramos, o movimento de alta migração é um reflexo não só das vantagens da livre negociação, que proporciona descontos de até 30% nas contas de energia das empresas, mas também da força-tarefa da câmara, em operação desde o primeiro semestre do ano passado para garantir que as migrações fossem concluídas.
“Fomos muito além do dia a dia operacional e atuamos junto às empresas para orientá-las sobre a abertura. Também otimizamos os nossos processos internos e oferecemos uma extensão dos prazos para que os agentes pudessem resolver eventuais pendências para ingressarem no segmento”, disse Ramos. De acordo com ele, a CCEE concluiu todos os pedidos de migração para janeiro que cumpriram o rito processual que envolve o distribuidor e a unidade consumidora.
Os dados de janeiro e fevereiro também mostram que os 3866 novos consumidores no ACL acrescentaram ao segmento uma carga mensal de aproximadamente 990 MW. Do total de unidades migradas, 2846 entraram para o ambiente com representação via comercializador varejista, figura criada para facilitar o processo de migração e gerir as operações dos seus clientes para compra e venda de energia.
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