A Neoenergia instalou um sensor flutuante LiDAR (sigla em inglês para Light Detection and Ranging) para coletar dados das características do vento e do mar em área do litoral norte do Rio de Janeiro. A iniciativa visa embasar estudos para implantação futura de parques eólicos offshore na costa fluminense.
Segundo a empresa, trata-se da primeira vez que uma companhia utiliza no Brasil um sistema com certificação internacional com classificação máxima de desempenho (nível três), o que deve permitir maior precisão e confiabilidade dos dados.
O LiDAR fica protegido dentro de uma boia com quase três metros de diâmetro. Entre outras funções, o sensor é capaz de medir remotamente, por feixes de laser, a velocidade e a direção do vento, a partir da movimentação de partículas do ar, em faixas que variam de 10 a 300 metros de altura.
Também é possível obter informações relacionadas a correntes marítimas, aspectos das ondas, temperatura da água do mar, pressão e umidade entre outras referências. O conjunto de aparelhos tem quase 7,5 metros de altura, da base da quilha até a ponta da antena, e conta com módulos solares fotovoltaicos para permitir seu funcionamento.
A tecnologia permitirá que a empresa tenha acesso, via satélite, a relatórios específicos sobre as condições do vento e do mar da região, com dados transmitidos em tempo real pela internet.
Foram necessárias 10 horas para transportar o sensor flutuante o cais do Porto do Açu, no município de São João da Barra (RJ), até o local de instalação em alto mar, a cerca de 40 quilômetros da costa. A operação foi realizada pela Fugro BR, empresa especializada em serviços de medições de recursos eólicos e parâmetros do oceano.
A Neoenergia contou com o apoio logístico da Prumo Logística, holding controlada pela EIG e responsável pelo desenvolvimento do Porto do Açu, com a qual a companhia assinou memorando de entendimento (MoU, na sigla em inglês), em 2022, para pesquisas relacionadas a projetos de geração de energia eólica offshore na região.
No dia 27 de março, a Neoenergia também assinou com o governo do Rio de Janeiro um outro MoU para o desenvolvimento de estudos que incentivem a execução de projetos de geração de energia eólica offshore no litoral fluminense.
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