O Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo prorrogou por mais 90 dias o prazo para receber contribuições da consulta pública que visa disciplinar critérios de segurança nas recargas de veículos elétricos em garagens, com contagem a partir de 6 de maio. A consulta foi lançada pela Portaria CCB-001/800/2024, no dia 5 de abril, com prazo inicial de 30 dias.

Por ter decisões consideradas extremas, o prazo apertado provocou mobilização de algumas entidades, como Secovi-SP e o Sinduscon, mas principalmente da ABVE - Associação Brasileira de Veículos Elétricos. A preocupação resultou em reunião com oficiais do Corpo de Bombeiros no dia 17 de abril, quando foi sugerido pelo presidente da ABVE, Ricardo Bastos, a prorrogação do prazo da consulta pública e a realização de simulado de incêndio de carro elétrico.

A ABVE enxerga na minuta da portaria o risco de inviabilização e encarecimento na construção de vagas para carros elétricos, principalmente em condomínios residenciais. Entre as propostas, estão regulamentações técnicas para a instalação de carregadores e segurança estrutural, como equipamentos para desligar os carregadores de forma manual e que estejam entre 20 e 40 metros do aparelho, além da presença de extintores e de sinalizações de perigo.

No caso das vagas, uma alternativa apresentada pela minuta é o distanciamento mínimo de cinco metros entre o carro elétrico, em um ponto de carregamento, e outro veículo de qualquer tecnologia. Há também a alternativa de fazer paredes corta-fogo entre os veículos. Em garagens cobertas, a proposta é instalar chuveiros automáticos (sprinkler) com detectores de fumaça, além de chuveiros individuais, desde que a vaga seja cercada por parede corta-fogo até o teto.

Além de várias manifestações durante abril contra a tentativa de regulamentação, nove entidades, incluindo a ABVE, lançaram no dia 7 de maio um comunicado conjunto destinado a “tranquilizar os cidadãos de São Paulo que necessitam utilizar as garagens em condomínios, especialmente usuários de veículos elétricos”. Porém, caso a portaria entre em vigor, o parecer dá prazo de um ano para que as adequações sejam feitas. Edifícios já licenciados para ter carregadores precisariam atualizar os pareceres, mesmo que já estejam adequados.

 

Imagem de Freepik



Mais Notícias EM



Copel organiza cobrança por postes e reduz tarifa com ganhos

Distribuidora paranaense criou departamento para fazer a gestão e regularizar uso de postes por empresas de telecomunicações

06/09/2024


Buggy elétrico nacional em Fernando de Noronha

Produzido por startup de Curitiba, veículo faz parte de projeto de PD&I da Neoenergia

06/09/2024


Total Energies financia núcleos de pesquisa em universidades brasileiras

Os centros são voltados para pesquisas em tecnologias da transição energética e ficam na USP, Unicamp e URFJ

06/09/2024