A japonesa Panasonic anunciou no dia 1º de fevereiro que descontinuará a produção da linha fotovoltaica em suas fábricas na Malásia e no Japão, deixando completamente o mercado de módulos solares e wafers até março de 2022. Apesar disso, a intenção é continuar a venda de módulos da marca no Japão e em mercados externos, mas por meio de fabricantes subcontratados. Na América do Norte, a empresa já atua dessa forma.

A unidade da Malásia, em Kedah, será totalmente fechada, com a interrupção até março de 2022 da produção de wafer fotovoltaico, células solares e módulos. Já na fábrica de Shimane, no Japão, mesmo com a interrupção da produção de células, haverá continuidade da fabricação de inversores, sistemas de armazenamento de energia e outros produtos.

A saída completa do mercado ocorre depois que a Panasonic encerrou sua parceria de fabricação com a norte-americana Tesla em 2020. A japonesa produzia internamente, na fábrica principal da Tesla nos Estados Unidos, células solares para uso nos módulos solares para telhados (Solar Roof) da empresa do megaempresário Elon Musk. Isso ocorreu porque a Tesla trocou a Panasonic por vários outros fabricantes chineses.

Na área solar, a Panasonic se destaca na tecnologia de heterojunção (HJT) e sua linha de módulos HIT é considerada exclusiva, por ter tamanho menor de wafer, produzido pela própria empresa, para uso em módulos de 96 células voltados para o mercado residencial. Além disso, a empresa conta com programa de instalação residencial na América do Norte e tem atuado com força na divulgação de seus sistemas de baterias e novos módulos. Essas atividades devem ser mantidas.

 



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