Levantamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) divulgado esta semana aponta que o Brasil acaba de ultrapassar a marca de 8 GW de potência operacional da fonte solar fotovoltaica, em usinas de grande porte e pequenos e médios sistemas instalados em telhados, fachadas e terrenos. Desde 2012, a fonte já trouxe mais de R$ 40 bilhões em novos investimentos ao País e gerou mais de 240 mil empregos acumulados.
No segmento de geração solar FV centralizada, o Brasil possui 3,1 GW de potência instalada, o equivalente a 1,7% da matriz elétrica do País. Em 2019, a fonte foi a mais competitiva entre as fontes renováveis nos dois Leilões de Energia Nova A-4 e A-6, com preços-médios abaixo dos US$ 21,00/MWh. Atualmente, as usinas solares de grande porte são a sétima maior fonte de geração do Brasil, com empreendimentos em operação em nove estados brasileiros, nas regiões Nordeste (Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte), Sudeste (Minas Gerais e São Paulo) e Centro-Oeste (Tocantins). Os investimentos acumulados neste segmento ultrapassam os R$ 16 bilhões.
No segmento de geração FV distribuída são 4,9 GW instalados em todas as regiões do Brasil, representando mais de R$ 24 bilhões em investimentos acumulados desde 2012. Em número de sistemas instalados, os consumidores residenciais estão no topo da lista, representando 73,6% do total. Em seguida, aparecem as empresas dos setores de comércio e serviços (16,6%), consumidores rurais (7,0%), indústrias (2,4%), poder público (0,4%) e outros tipos, como serviços públicos (0,03%) e iluminação pública (0,01%). Em potência instalada, os consumidores residenciais também lideram, com 38,9% da potência instalada, seguidos de perto por consumidores dos setores de comércio e serviços (37,8%), consumidores rurais (13,2%), indústrias (8,8%), poder público (1,2%) e outros tipos, como serviços públicos (0,1%) e iluminação pública (0,02%).
De acordo com a Absolar, o Brasil possui mais de 409 mil sistemas solares fotovoltaicos conectados à rede, que compensam o consumo de mais de 511 mil unidades consumidoras. No entanto, estas representam ainda apenas 0,6% dos 86 milhões de consumidores de energia elétrica do País, o que indica fortemente o potencial e o espaço que a energia solar fotovoltaica ainda pode e deve ocupar, diz a entidade.
Somadas, as capacidades instaladas de energia FV em geração distribuída e geração centralizada fazem a fonte ocupar o sexto lugar na matriz elétrica brasileira, atrás das hidrelétricas, eólicas, de biomassa, termelétricas a gás natural, a diesel e outros combustíveis fósseis. A fonte solar já representa mais do que a somatória de toda a capacidade instalada de termelétricas a carvão e usinas nucleares, que totaliza 5,6 GW.
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