A fabricante chinesa de wafers, células e painéis solares fotovoltaicos LONGi Green Energy está criando uma unidade de negócios voltada para hidrogênio verde, a LONGi Hydrogen Technology Co., segundo divulgado pelo portal Solarzoom. Considerada a maior empresa de tecnologia solar do mundo por capitalização de mercado (US$ 52 bilhões), a LONGi ainda não divulgou oficialmente em quais segmentos específicos da cadeia de produção do combustível verde atuará.
Em comunicado emitido pela internet, um diretor da empresa afirmou que reduções contínuas de custos de geração de energia solar apresentaram a oportunidade de reduzir os custos de eletrólise da água ― processo utilizado para produzir hidrogênio. Segundo ele, a combinação das duas tecnologias poderia expandir continuamente a escala da produção de hidrogênio verde e "acelerar a realização das metas de descarbonização de todos os países do mundo".
Além disso, o mesmo diretor apontou a demanda explosiva, tanto por eletrólitos (empregados na tecnologia de eletrólise) quanto por energia solar fotovoltaica, que seria desencadeada por um impulso global para o hidrogênio verde, observando que a demanda mundial atual de hidrogênio, de cerca de 60 milhões de toneladas por ano, exigiria mais de 1500 GW de energia solar fotovoltaica. Apenas na União Europeia, há uma demanda prevista de 120 GW de novas capacidades de energia renovável para alimentar os aproximados 40 GW de plantas de eletrólise planejados até 2030.
No mesmo comunicado, o executivo aponta para o potencial do hidrogênio verde como meio de armazenamento de energia. Por ter uma densidade de energia maior do que a das baterias de lítio, o hidrogênio seria adequado para armazenar energia de longo prazo, por dias, semanas ou até meses, resolvendo o desequilíbrio diurno e sazonal encontrado pela geração de energia fotovoltaica.
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