A integradora de sistemas fotovoltaicos Enerzee, de Cuiabá (MT), firmou parceria com a Faro Energy, especializada em locação de usinas FV. A ideia central da negociação, segundo afirmou o CEO da Enerzee, Alexandre Sperafico, é utilizar a atuação comercial da sua empresa em várias regiões do País para expandir os contratos de aluguel de usinas operadas pela Faro, que se responsabiliza pelos investimentos e cuja meta é alcançar 200 MWp de potência instalada ainda neste ano.

A Enerzee, em atividade desde 2018, atua mais fortemente na venda direta de micro e miniusinas FV para clientes residenciais, comerciais e industriais, não só no Mato Grosso, mas em estados como Bahia, Maranhão, Pará, Paraná e São Paulo. De acordo com Sperafico, a empresa conta com 25 MWp comercializados, entre os projetos já instalados e outros em implantação, sendo que 1 MWp do portfólio compreende contratos de aluguel.

“Temos percebido um interesse muito grande do mercado por contratos de aluguel e, para ter capacidade para aproveitar essa demanda, buscamos um parceiro como a Faro”, disse o CEO da Enerzee. Atualmente com 46 MWp de potência instalada em operação, a Faro Energy tem orçamento de quase R$ 400 milhões para investir no seu plano de expansão, em miniusinas acima de 1 MWp, depois de já ter investido mais de R$ 280 milhões desde sua fundação em 2016.

Pelo acordo, a Enerzee, ao fechar contratos que visam o portfólio de locação de porte acima de 1 MWp, projetará e construirá as usinas, sob o aporte da parceira, passando a gestão e operação da geração distribuída para a Faro. “É uma demanda com potencial muito grande de crescimento”, disse Sperafico. Para ele, mesmo que a revisão da resolução 482 retire os incentivos da GD, a expectativa continuará positiva, apesar do provável impacto inicial que o mercado deve sofrer com o novo ambiente. A meta da Enerzee é, em um ano, agregar entre 30 MW e 50 MW com usinas de locação da parceria com a Faro.

Além da nova parceria, a Enerzee também formalizou em 2019 com a WEG um acordo de uso de suas tecnologias fotovoltaicas (módulos FV, inversores e auxiliares), baterias e também de sistemas de recarga de veículos elétricos. Depois desse acordo, a Enerzee deixou de importar equipamentos solares e passou a ser integradora com base apenas na tecnologia da fornecedora nacional.



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