Estudo recente da consultoria Greener aponta que até 2023 entrarão em operação no País mais de 9 GW em usinas solares de grande porte, centralizadas, em projetos para o mercado livre e para o regulado. Para chegar a esse patamar, os analistas acreditam que em 2021 serão agregados pouco mais de 1 GW, em 2022 o total de energia solar nova deve chegar a 4,1 GW e, no ano seguinte, quase dobrará. Esse volume vai somar-se à capacidade instalada até dezembro de 2020, que segundo dados da CCEE era de 3,1 GW, com 122 usinas centralizadas, que geraram 638,3 MWm no pico registrado em setembro passado.

O cenário de crescimento se reflete no número de outorgas identificadas pelos analistas da Greener, com base no acompanhamento da Aneel, considerando as já em operação e as que ainda entrarão no sistema, o que totalizaria 17,9 GW. Apenas para o mercado livre, há 13,3 GW em solares FV outorgadas até janeiro de 2021, sendo que 8,4 GW, ou 63% do total, segundo o estudo, já contam com PPAs assinados. Destes empreendimentos, 50% não participaram dos leilões de 2019, o que demonstra o foco dos desenvolvedores no ACL. Para o mercado regulado, há mais 4,6 GW de projetos identificados, sendo que 1,2 GW ainda não entraram em operação.

A pesquisa também fez levantamento sobre o desempenho da cadeia de fornecimento de equipamentos. Em módulos, dos 7,3 GWp de projetos mapeados com volume de energia já contratado, 89,5% são importados. Os módulos bifaciais, segundo o estudo, tornaram-se padrão em grandes empreendimentos, estando presentes em 100% dos contratos mapeados (ACR e ACL) em 2020. Já em inversores, a topologia string ganha destaque, sendo a escolhida em cerca de 66% dos contratos mapeados pela Greener em 2020/2021.

O estudo ainda analisou as fontes de financiamento do setor. Para o ACR, os bancos de fomento BNB e BNDES ainda são as principais alternativas, sendo que as emissões de debêntures começaram também a ganhar importância a partir de 2020. Já os projetos para o ACL, alguns deles em regime de autoprodução em sociedade com desenvolvedores, são voltados principalmente para empresas dos setores de mineração e química. A Greener incluiu na pesquisa um estudo de caso de uma usina de 311 MWp para o mercado livre, localizada na região Nordeste, considerando as tecnologias de módulos e inversores em ascensão, condições de contorno, taxa Selic, inflação, taxa de câmbio, aspectos técnicos e financeiros, além da estrutura do PPA.

O acesso à versão gratuita e resumida do “Estudo Estratégico do Mercado de Geração Centralizada Para Fonte Solar” é feito via o site www.greener.com.br, onde também há informações para aquisição da versão integral do estudo.



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