A demanda pela fonte solar se manteve em alta no primeiro semestre, segundo concluiu o Estudo Estratégico de Geração Distribuída do Mercado Fotovoltaico de 2021, da consultoria Greener, lançado dia 10 de agosto. Até junho deste ano, segundo a pesquisa, o país chegou à marca de 532 mil unidades consumidoras com geração solar distribuída conectadas à rede, um crescimento de 40% em relação a dezembro de 2020. Além disso, um total de 689 mil UCs receberam créditos de energia, com crescimento de 46% em relação ao final do ano passado. A proporção de unidades recebedoras de crédito, por meio de geração remota, se ampliou também, passando de 1,16 em 2017 para 1,30 em 2021.
O cenário positivo se reflete ainda pelo crescimento do volume de módulos fotovoltaicos importados para novas usinas solares de geração centralizada e distribuída nos primeiros seis meses do ano. Até junho de 2021 a demanda por módulos atingiu 4,86 GW, contra 4,76 GW de toda a importação de 2020, sendo que no comparativo com o mesmo período do ano anterior o crescimento foi de 99%.
A pesquisa ressalta também a evolução tecnológica nas compras dos módulos. Pela primeira vez em um trimestre, a tecnologia monocristalina PERC (mono e poli) foi predominante, com 66% da potência importada entre abril e junho, em contraponto aos módulos PoliStandard (Std), que perdem espaço. Da mesma forma, os módulos nacionais reduziram a participação no mercado de 3,8% em 2020 para 1,8% no primeiro semestre.
A demanda por inversores importados também registrou aumento expressivo no período, alcançando 4,54 GW no semestre, uma alta de 80% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando a importação foi de 2,48 GW, e um pouco inferior a todo o ano de 2020 (4,90 GW).
Um ponto que favoreceu o bom desempenho do mercado de GD foi a estabilidade nos preços dos kits fotovoltaicos em relação a janeiro de 2021, mesmo com o aumento do preço dos módulos. Para a consultoria, o aumento foi compensado pela ampliação do volume de produtos com ex-tarifários e por conta da ampliação da participação de inversores com custo mais baixo nos kits. Outro aspecto positivo detectado tem a ver com a forma de pagamento dos sistemas: 54% das vendas efetuadas em 2021 por integradores entrevistados pela pesquisa foram realizadas via financiamento bancário, contra 16% em 2017.
Além do levantamento estatístico, o estudo entrevistou 1800 empresas integradoras e distribuidores de equipamentos e mais 650 proprietários pessoas jurídicas de sistemas fotovoltaicos. Com a consulta, por exemplo, a Greener concluiu que 42% dos integradores esperam vender até 100 kWp até o final do ano, 36%, entre 100 e 500 kWp, e 10% espera atingir um volume de venda acima de 1 MWp até dezembro.
O estudo completo está disponível no portal www.greener.com.br
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