A energia solar fotovoltaica atingiu nesta quinta-feira, 7 de abril, a marca de 10 GW de potência instalada em mais de 930 mil mini e microssistemas conectados à rede, segundo registrou o banco de informações de geração distribuída da Aneel - Agência Nacional de Energia Elétrica. O País possui atualmente 1,17 milhão de unidades consumidoras recebendo créditos da geração solar distribuída.

Segundo a agência, a marca é expressiva inclusive pelo ritmo acelerado da expansão: há menos de três anos, em junho de 2019, celebrava-se a marca de 1 GW de potência instalada de micro e minigeração. “Além de propiciar a redução nas faturas dos consumidores, esse modelo de micro e minigeração contribui para a matriz elétrica brasileira de forma sustentável, pois são instalações de geração a partir de fontes renováveis ou cogeração qualificada”, avaliou o diretor-geral da Aneel, André Pepitone. Este ano se completam 10 anos da publicação da Resolução Normativa nº 482/2012 da Aneel, que criou a possibilidade de o consumidor gerar energia elétrica para consumo próprio e ainda fornecer o excedente para a rede de distribuição, estabelecendo os critérios para isso.

Levantamento da Absolar - Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica mostra que desde 2012 foram investidos em GD solar no Brasil mais de R$ 52,4 bilhões e gerados mais de 300 mil empregos em todas as regiões do Brasil. Para a entidade, 2022 poderá ser o melhor ano da energia solar já registrado no País desde 2012, com o maior crescimento do mercado e do setor na última década. A pequena geração própria de energia solar deve praticamente dobrar a potência instalada, impulsionada pelos aumentos nas tarifas de energia elétrica acima da inflação e pela publicação da Lei nº 14.300/2022, o chamado marco legal da geração distribuída, que deve ser regulamentado pela Aneel em breve.

A tecnologia já está presente em mais de 5.470 municípios e em todos os estados brasileiros, sendo que o estado líder em potência instalada é Minas Gerais, seguido por São Paulo, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Paraná, nessa ordem. Em número de sistemas instalados, os consumidores residenciais estão no topo da lista, com 77,3% das conexões. Em seguida aparecem os pequenos negócios dos setores de comércio e serviços (12,7%), consumidores rurais (7,7%), indústrias (2,0%), poder público (0,3%) e outros tipos, como serviços públicos (0,02%) e iluminação pública (0,01%). As residências também lideram em potência instalada, com 44,2%, seguidas de perto pelos consumidores dos setores de comércio e serviços, com 32,9%. Os consumidores rurais têm 13,9%, as indústrias 7,8%, o poder público 1,1%, serviços públicos 0,1%, e iluminação pública 0,02%.



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