A derrubada de dois vetos presidenciais sofridos na conversão do PL 5829/19 na lei 14.300/22, que cria o marco legal da geração distribuída, vai acelerar o ritmo de investimentos dos projetos solares no País, segundo avaliação da Absolar – Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica. A decisão foi tomada em sessão única no Congresso Nacional no dia 14 de julho.

O primeiro veto impedia a inclusão de projetos de minigeração distribuída no Reidi – Regime Especial de Incentivos ao Desenvolvimento de Infraestrutura, por não permitir, como determinava o texto do PL, os seus enquadramentos como projetos de infraestrutura. Já o segundo veto desautorizava a classificação como geração distribuída de projetos solares fotovoltaicos flutuantes em represas, rios ou lagos.

Para a vice-presidente de geração distribuída da Absolar, Bárbara Rubim, além do benefício de enquadramento dos projetos no Reidi, que concede isenção de PIS e Cofins para aquisição de equipamentos e máquinas, reduzindo o capex dos projetos, a queda do primeiro veto também permitirá o acesso a outras formas de financiamento para o setor, principalmente as emissões de debêntures de infraestrutura incentivadas, já que a GD poderá ser considerada como obra de infraestrutura. Já o segundo dispositivo mantido irá fomentar diretamente a expansão do mercado de usinas solares flutuantes.

“Na prática, o enquadramento da geração própria de energia renovável como projeto de infraestrutura também permite o acesso à financiamento mais competitivos pelo mercado, reduzindo o preço da energia aos consumidores”, afirma Bárbara Rubim em nota à imprensa divulgada pela Absolar.

Compartilha da mesma análise o presidente do Conselho de Administração da Absolar, Ronaldo Koloszuk. Para ele, a derrubada dos vetos vai manter o ritmo de crescimento do setor. “Para se ter uma ideia, a fonte solar já trouxe ao Brasil mais de R$ 86,2 bilhões em novos investimentos, R$ 22,8 bilhões em arrecadação aos cofres públicos e gerou mais de 479,8 mil empregos acumulados desde 2012. Com isso, também evitou a emissão de 23,6 milhões de toneladas de CO2 na geração de eletricidade”, informa. Após a derrubada dos vetos, o marco legal de GD segue para promulgação.



Mais Notícias FOTOVOLT



Distribuidoras ignoram metas do Programa Luz Para Todos

Levantamento do Idec identifica não cumprimento de metas de universalização por concessionárias responsáveis.

28/03/2025


Fonte solar chega a 55 GW no Brasil

Ao se juntar a geração distribuída com centralizada, fonte passa a representar 22,2% da matriz elétrica.

28/03/2025


The Smarter E Award 2025 divulga finalistas

Na categoria fotovoltaica, projetos apresentados destacam melhor aproveitamento da superfície dos módulos, adequados para instalações verticais.

28/03/2025