A fonte solar passou a ser a terceira maior da matriz elétrica nacional, ao ultrapassar em julho a potência instalada das usinas termelétricas a gás natural e a biomassa, segundo levantamento da Absolar – Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica feito a partir dos dados de acompanhamento de geração da Aneel.

Com 16.414 MW instalados em usinas centralizadas e de geração distribuída, o equivalente a 8,1% da matriz, a fonte só fica atrás agora da hídrica, ainda predominante no País, com 109,5 GW de capacidade (53,9%), e dos parques eólicos, com 21,9 GW, ou 10,8% do total. Com a nova potência instalada, a solar supera as termelétricas a gás natural (16.373 MW) e as de biomassa e biogás (16.309 MW), cujas participações somam, de acordo com o levantamento, 8,1% e 8% da matriz, respectivamente.

Para o diretor da Absolar, Carlos Dornellas, o avanço da fonte é fundamental para o desenvolvimento social, econômico e ambiental do Brasil. “A fonte ajuda a diversificar o suprimento de energia elétrica do País, reduzindo a pressão sobre os recursos hídricos e o risco de ainda mais aumentos na conta de luz da população”, disse.

De acordo com dados da Absolar, a fonte solar já trouxe ao Brasil, desde 2012,  mais de R$ 86,2 bilhões em novos investimentos, R$ 22,8 bilhões em arrecadação aos cofres públicos e gerou mais de 479,8 mil empregos acumulados. Os aportes também evitaram a emissão de 23,6 milhões de toneladas de CO2 na geração de eletricidade.

“As usinas solares de grande porte geram eletricidade a preços até dez vezes menores do que as termelétricas fósseis emergenciais ou a energia elétrica importada de países vizinhos, duas das principais responsáveis pelo aumento tarifário sobre os consumidores”, acrescentou Dornellas.



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