O governo de São Paulo quer instalar mais de 80 usinas fotovoltaicas em terrenos de propriedade do estado para compensar parte do consumo de energia elétrica dos prédios públicos estaduais. O projeto, a ser desenvolvido por meio de PPPs (parcerias público-privada), foi anunciado nesta terça-feira pelo titular da Secretária de Infraestrutura e Meio Ambiente do estado de São Paulo (Sima), Fernando Chucre, na abertura do The smarter E South América, congresso e exposição que acontece até depois de amanhã no Expo Center Norte, em São Paulo. O evento reúne a Intersolar South América, da área de energia solar, o ees South America, de armazenamento de energia, e o Eletrotec+EM Power South America, de instalações elétricas e infraestrutura de energia.
Segundo o secretário, o governo fez um estudo sobre grandes áreas públicas estaduais que estavam em desuso com vistas à implementação das usinas. Foram analisados parâmetros como área, disponibilidade, insolação e capacidade de produção de cada terreno, sendo selecionadas 85 locais (35 deles na região metropolitana da capital), que agora estão sob análise do conselho que analisa PPPs e concessões. Esse conselho é composto por sete secretarias de governo, entre as quais figuram a Sima, a secretaria Desenvolvimento Econômico e a da Agricultura. “O conselho está analisando imóvel por imóvel, avaliando a potência de cada usina, e após a aprovação seguiremos em frente com o projeto”, disse o secretário. Todas as instalações serão de usinas de solo, e as potências dependerão das avaliações de áreas técnicas do governo.
Ainda na área de energia fotovoltaica, o governo estadual também tem um projeto de instalação de telhados fotovoltaicos em pelo menos 12 mil imóveis das secretarias da Saúde e da Educação, que está sendo coordenado diretamente por estes órgãos. Um estudo do BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento, realizado em 2018 a 2020, detectou mais de 34 mil imóveis próprios do estado que podem receber geradores solares no telhado. Segundo o secretário, o chamamento de interessados para fornecer os 12 mil primeiros sistemas será feito em breve.
Todos esses projetos, no entanto, suprirão apenas parte do consumo de energia elétrica dos prédios públicos estaduais, cuja fatura de energia, segundo Chucre, monta a R$ 150 milhões por mês. Tanto que uma terceira frente de trabalho dos técnicos do estado é a elaboração de um modelo adequado para compra de energia renovável no Mercado Livre. “São Paulo é o estado que mais consome eletricidade no País. Nós compramos energia de todo o Brasil para fazer o estado funcionar, e queremos diminuir essa dependência”, disse o secretário.
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