Com mais de 400 expositores e com expectativa de receber mais de 30 mil visitantes, teve início mais uma edição da Intersolar South America, principal evento do segmento fotovoltaico na América Latina. Na cerimônia de abertura, Florian Wessendorf, diretor administrativo da Solar Promotion International, organizadora internacional do evento ao lado da Freiburg Management and Marketing International e da Aranda Eventos, destacou o crescimento exponencial da fonte solar fotovoltaica no mundo, apesar da pandemia.
Segundo ele, a capacidade solar global dobrou nos últimos três anos. “Nenhuma outra tecnologia de energia pode ser implantada tão rapidamente quanto a solar. Na América Latina, em 2021, as instalações solares aumentaram 44%, com acréscimo de 9,6 GW”. Wessendorf declarou que o mundo deverá atingir a marca de 2 TW até 2025. “Cidadãos, empresas e governos em todo o mundo estão reconhecendo o imenso poder do sol para garantir a soberania energética”.
As previsões para 2026 sugerem ainda que a América Latina somará mais de 30 GW por ano, e o Brasil deverá se tornar um dos cinco principais mercados globais, podendo atingir 54 GW em 2026.
De acordo com Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho da Absolar - Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica, a projeção é de que em 20 anos a fonte ultrapasse as hidrelétricas em capacidade instalada e se torne a número um no Brasil. Atualmente, a energia solar fotovoltaica ocupa a terceira colocação na matriz elétrica nacional. “Em 2021, o Brasil foi o quinto país que mais cresceu em energia fotovoltaica no mundo e hoje ocupa a 13ª posição no ranking global”, afirma.
Koloszuk destacou que o custo da geração solar centralizada está cada vez mais competitivo e defendeu a participação da fonte nos leilões. “O MWh de Itaipu custa em torno de R$ 363 frente a R$ 180 da solar”. O executivo da Absolar também mencionou os benefícios da geração distribuída para o setor elétrico e a sociedade. Com base em um estudo elaborado pela Absolar, denominado “Diretrizes para valoração dos custos e dos benefícios da microgeração e minigeração distribuída”, o executivo afirmou que, se não fosse a geração solar distribuída, a conta de energia do consumidor poderia ter sido 46,8% maior durante a crise hídrica.
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