Segundo previsão da Absolar - Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica, o crescimento anual da geração centralizada fotovoltaica entre 2023 e 2025 será menor que a expansão em 2022, porém a fonte deve atingir 46 GW de capacidade instalada até 2030. Hoje, essa capacidade está em torno de 5,3 GW e o avanço exponencial previsto para próximos anos se deve, fundamentalmente, à competitividade da fonte solar, tanto no mercado livre como no regulado, e também à diversidade de projetos. São mais de 60 GW em projetos outorgados, que correspondem a um montante estimado de R$ 252,2 bilhões de investimento. Os números foram divulgados no segundo dia do Congresso Intersolar, que acontece de 23 a 25 de agosto, no Expo Center Norte (SP).
“A energia solar fotovoltaica é o principal motor da transição energética no mundo porque é a mais competitiva” pontua Ricardo Barros, vice-presidente de Geração Centralizada da Absolar. No Brasil, o destaque é o Estado de Minas Gerais, com 27 GW em projetos outorgados de geração solar centralizada (praticamente a metade do total do País), seguido pela Bahia, Piauí, Rio Grande do Norte e Ceará.
O principal driver de crescimento da geração solar centralizada é o mercado livre, mas a Absolar reforça a importância de a fonte solar ser incluída em todos os leilões do mercado regulado, em função de seu potencial competitivo importante para o equilíbrio econômico. Segundo um estudo realizado pela consultoria Cela - Clean Energy Latin America, no período de janeiro de 2021 a janeiro de 2022, houve um aumento de 37% no volume de contratação da energia solar no mercado livre, que somou 1.522 MW médios, de um total de 2.592,4 MW médios.
Entre os contratos de longo prazo assinados nesse mesmo período, dentro do mercado livre, 66% da energia solar foi vendida para as indústrias, enquanto as concessionárias contrataram apenas 4,4% da energia, mesmo liderando o volume total dos mapeamentos anuais.
Por fim, a instituição que mais financiou contratos de energia solar fotovoltaica nesse período foi o BNB - Banco do Nordeste, totalizando R$ 5,2 bilhões. O BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social foi o segundo meio mais utilizado, financiando R$ 1,2 bilhão.
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