Uma start-up suíça, a Sun-Ways, deve implantar em maio o primeiro projeto piloto do mundo de sistema solar fotovoltaico instalado em trilhos ferroviários. A tecnologia patenteada pela empresa aguarda apenas a aprovação da autoridade federal de transportes da Suíça para instalar os módulos solares em uma seção da rede ferroviária pública perto da estação de trem de Buttes, em Neuchâtel, no oeste do país.

A partir da aprovação, a start-up contará com o apoio de cerca de dez empresas parceiras e da Agência Suíça de Promoção da Inovação. Sob um investimento aproximado de US$ 438 mil, a empresa vai instalar módulos solares fabricados por empresas suíças, com dimensão de 1000 mm X 1700 mm, e potências variadas.

Nesse sistema, cadeias de módulos são instaladas no espaço entre os trilhos, com o uso de um trem que utiliza mecanismo de pistão para o encaixe, desenvolvido pela empresa suíça Sheuchzer, especializada em manutenção de ferrovias.

A eletricidade gerada, nos primeiros projetos, deve ser injetada na rede de baixa tensão da empresa ferroviária para abastecer a infraestrutura do local (interruptores, sinalização e estações) ou no sistema de distribuição que alimenta as cidades. O uso na rede de energia de tração das locomotivas ainda não é possível tecnicamente, porque requer desenvolvimento de transformadores específicos e outras adaptações ainda em pesquisa.

Para tornar a solução viável em um local hostil, com a passagem de trens a todo instante, a empresa desenvolveu um sistema de ganchos, com resistência de até 10 kN em cada trilho, que protege a integridade dos módulos. Outra preocupação da tecnologia desenvolvida foi usar módulos solares pretos, com propriedades antirreflexos, para evitar problemas de ofuscamento da visão dos condutores dos trens. Além disso, há um sistema de sensores que monitoram em tempo real as instalações.

O potencial apenas na Suíça, se utilizados nos mais de 5 mil quilômetros de trilhos do país, é de geração de 1 TWh de energia por ano, cerca de 2% do consumo nacional. A start-up projeta expandir a tecnologia para outros países, já que na Europa há mais de 260 mil km de ferrovias e no resto do mundo mais de 1 milhão de km.



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