No primeiro trimestre deste ano, segundo dados do ONS - Operador Nacional do Sistema Elétrico, o SIN - Sistema Interligado Nacional foi suprido em mais de 90% por energia renovável, principalmente hidráulica, eólica e solar. Isso não acontecia desde 2011, o que para o ONS tem a ver não só com o melhor aproveitamento de recursos mas também com a ampliação do número de usinas.
Em janeiro, as fontes renováveis responderam por 91,2% do total. Nos meses seguintes, a participação aumentou um pouco mais, com 92,6% em fevereiro e 92,4% em março, neste último caso com base nos dados apurados até o dia 29 do mês.
No caso de eólicas e solares, a principal causa é o maior número de usinas das duas fontes. Já no caso das hidrelétricas pesa no desempenho os dados de energia armazenada (EAR), ou seja, a capacidade de gerar eletricidade pela força das águas. Em março de 2023, o Sudeste/Centro-Oeste registrou 82,6%, o que configura o melhor março desde 2011 (82,9%). O avanço ante o mesmo mês de 2022 é de 19 pontos percentuais (63,6%).
Os cenários para os próximos meses também devem continuar positivos. Os estudos do ONS apontam que o subsistema Sudeste/Centro-Oeste, no final de agosto, deve atingir EAR entre 76,2%, nas análises menos favoráveis, e 90%, na perspectiva mais elevada. Mesmo se confirmada a expectativa mais baixa, o indicador estará 20,2 pontos percentuais superior ao do mesmo período de 2022. Esse subsistema responde por 70% da energia armazenada no País. Já para o SIN, o prognóstico para 31 de agosto varia entre 77,6% e 89,3%.
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