Uma pesquisa realizada no âmbito de um estudo de MBA em Gestão de Projetos, na UnB - Universidade de Brasília, tem o objetivo de analisar os riscos de uma usina fotovoltaica off-grid. O foco do levantamento é um projeto de 200 kWp com armazenamento de energia por meio de baterias de lítio para atender uma carga localizada na Amazônia, distante da rede da concessionária, podendo ser acoplado a outra fonte energética complementar, como diesel, biomassa e centrais hidrelétricas. A pesquisa está sendo empreendida pelo tenente-coronel Fabiano Gomes da Silva, gerente do Programa EB Sustentável, do Exército Brasileiro, vinculado à Diretoria de Obras Militares, órgão técnico normativo que faz a gestão de todas as obras em organizações militares. Segundo Gomes, que é engenheiro e responsável pelas ações de sistemas fotovoltaicos do Exército Brasileiro, atualmente a meta é aprimorar processos de gestão desse tipo de solução e tratar os riscos envolvidos. “Elaboramos um questionário que auxiliará futuras obras de implantação de sistemas fotovoltaicos off-grid na Amazônia. Gostaríamos do máximo de participação dos diversos envolvidos nesse tipo de projeto”.

De acordo com Gomes, dois projetos de sistemas isolados já foram executados pelo programa e há outros dois em execução, com potências que variam de 180 a 220 kW, todos localizados na região Amazônica. O sistema citado no estudo está em fase de projeto.

O público-alvo da pesquisa são principalmente distribuidores, fabricantes, integradores e engenheiros do segmento fotovoltaico. O questionário aborda riscos presentes em usinas fotovoltaicas localizadas em sistemas isolados, como problemas de logística de transporte, mal dimensionamento, fenômenos naturais, etc., e visa servir de base para produção científica e também para a elaboração de procedimentos internos na Administração Pública pertinentes a este tipo de empreendimento. “A gestão de projetos é uma metodologia fundamental para fazer com que tais iniciativas obtenham sucesso em todos os aspectos (prazo, custo, escopo e qualidade)”, destaca o tenente-coronel. “Todos os riscos podem ser evitados e precisam ser estudados para não sermos pegos de surpresa”, completa. Gomes espera formular estratégias de mitigação de riscos para que o projeto saia como planejado, e seja possível avançar com a tecnologia fotovoltaica. “O termo riscos assusta um pouco, mas se fecharmos nossos olhos para eles, a chance de encontrá-los no meio do projeto pode ser alta e ainda ter um impacto bastante desconfortável. Para isso, precisamos estudar antes”, afirma. “Espero em breve formular uma normatização interna no Exército, que posteriormente pode servir para a iniciativa privada e progredirmos de maneira robusta com essa tecnologia que ainda tem muito o que crescer no País”, conclui.

O questionário está disponível em https://limeapp.parquestec.tk/index.php/335744?lang=pt-BR. A data-limite para o recebimento de respostas é 31 de julho.



Mais Notícias FOTOVOLT



Alíquota de importação de módulos solares vai para 25%

Deliberação do Gecex-Camex visa fortalecer a produção local. Absolar teme retração nos investimentos e aponta incapacidade da indústria local atender demanda.

14/11/2024


ISA capta R$ 1,8 bi para implementar sistema de transmissão em MG

Com os recursos, empresa viabiliza o projeto Piraquê, que vai escoar energia solar fotovoltaica do norte de Minas Gerais

14/11/2024