A produtora de gases industriais White Martins conseguiu aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para entrar como sócia do Complexo Solar Futura I, da Eneva, localizado no município de Juazeiro, na Bahia. A empresa terá direito, na figura de autoprodutora, a receber, entre 2023 e 2035, 100,6 MW médios no período para serem abatidos por suas operações no Brasil.
O montante de energia negociada com a White Martins renderá no período R$ 2,287 bilhões (data base março/2023) à Eneva, valor ajustado ao longo do contrato pelo IPCA. O complexo Futura 1 tem 671 MW de capacidade instalada, conta com 22 usinas solares fotovoltaicas com 1,4 milhão de módulos solares, 19.778 rastreadores solares (trackers), mais de 5 mil quilômetros de cabos, subestação de 34,5/500 kV, linha de transmissão de 15,6 km e ocupa 1.649 hectares.
Do total de seis sociedades de propósito específico (SPE) do complexo solar, quatro já contam com contratos de venda na modalidade de autoprodução, que garante ao consumidor isenção de encargos. O complexo Futura 1, em operação teste, foi adquirido pela Eneva, cujo principal mercado ainda é o de operação de gás natural, da Focus Energia em março de 2022. A aquisição deu à empresa um pipeline de mais dois projetos solares licenciados, o Futura II e o Futura III, que poderão adicionar 2,3 GW de capacidade instalada.
“O Complexo Solar Futura I é um projeto muito significativo na trajetória da Eneva, ele representa o início da jornada da companhia na geração renovável em grande escala e é um dos maiores parques fotovoltaicos das Américas”, disse o diretor de comercialização e novos negócios da Eneva, Marcelo Cruz Lopes. A Eneva já investiu R$ 2,9 bilhões para a construção do complexo.
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