Representantes de comunidades indígenas, quilombolas e extrativistas da Amazônia estão cobrando das autoridades ações efetivas para universalizar a energia elétrica na região a partir de fontes renováveis, principalmente a solar. A movimentação ocorreu entre os dias 9 e 11 de maio, em Belém, no Pará, quando entidades ligadas a esses povos amazônicos promoveram encontro para debater suas demandas energéticas e produzir uma lista de reivindicações.
Com a presença também de representantes dos governos federal e estaduais da região, além de pesquisadores e empresas de geração solar distribuída, o segundo Encontro Energia e Comunidades rendeu no final um documento que será entregue à Aneel, ao BNDES, a ministérios federais, governos estaduais da Amazônia Legal e a distribuidoras de energia que atuam na região.
O foco das reivindicações é privilegiar soluções de energia de novas renováveis, em detrimento de hidrelétricas e sobretudo de geradores e termoelétricas a diesel. Entre as necessidades apontadas, fruto dos debates do encontro, as entidades que assinam o documento pedem estudos de viabilidade para projetos solares, eólicos e de biodigestores (para biogás); diagnósticos para as melhores soluções por territórios; a conclusão do programa federal Luz para a Amazônia; e o acesso a fundos de financiamento para atendimento das demandas.
O encontro foi promovido pela rede Energia & Comunidades, da qual fazem parte a Frente por uma Nova Política Energética para o Brasil, Fórum de Energias Renováveis de Roraima, Idec - Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor, ICS - Instituto Clima e Sociedade, Iema - Instituto de Energia e Meio Ambiente, o ISA - Instituto Socioambiental e a WWF Brasil. Mesmo sem fazer parte da rede, a ABGD - Associação Brasileira de Geração Distribuída também apoiou o encontro, que contou com lideranças indígenas, quilombolas e de comunidades extrativistas. O documento gerado no encontro está disponível no site www.energiaecomunidades.com.br.
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