As ofertas de serviços de assinatura de geração solar compartilhada estão se espalhando pelo País, não só por meio da expansão de projetos de empreendedores já consolidados na área, mas também por movimentações de novos competidores, alguns deles grandes grupos até então não ligados à GD e passaram a ser interessados no nicho de mercado.
No caso dos grandes grupos, a Ultragaz, distribuidora de gás residencial e de GLP para indústrias do grupo Ultrapar, lançou neste mês um serviço de assinatura por meio da plataforma Ultragaz Energia Inteligente, que utiliza créditos gerados por usinas solares de GD para serem compensados por residências, comércios e empresas na baixa tensão. Em média, com a assinatura, é possível obter descontos de 15% na conta de luz, diz a empresa.
A contratação do serviço é feita pelo site www.energia.ultragaz.com.br/energiainteligente ou pessoalmente, em revendas autorizadas da Ultragaz nos estados onde há disponibilidade do serviço. Por enquanto, há oferta em Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A expectativa é ampliar o serviço para outros estados ainda em 2023.
Outro exemplo de grande empresa se movimentando para aproveitar a expansão da geração compartilhada é a Raízen, joint-venture entre Cosan e Shell que lidera a produção de biocombustíveis do País e que atua na distribuição de combustíveis com a bandeira Shell. Como parte de plano que inclui expansão de soluções de energia, a Raízen anunciou também neste mês investimento conjunto com o grupo Gera, de geração distribuída, em startup especializada na gestão de geração compartilhada, a Reverde.
A Reverde oferece um serviço de assinatura para pessoas físicas em 876 municípios dos estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro, nas áreas de cobertura das distribuidoras Cemig e Light, respectivamente. Como parte de seu projeto de expansão para outras regiões do Brasil, reforçado com a entrada do aporte da Raízen e do Gera, a empresa acaba de iniciar operação nas áreas de concessão da CPFL Paulista, da Equatorial Alagoas e da Enel RJ. Com isso, a startup amplia sua atuação para mais de 1.200 municípios.
Por fim, prova do dinamismo da geração compartilhada é a expansão da oferta do serviço de assinatura digital da Lemon Energia para outros municípios do estado de Goiás, na área de concessão da Equatorial, e para o interior de São Paulo, na área da CPFL Paulista. Com novas usinas solares já integradas ao marketplace especializado em GD compartilhada, a previsão é de que, até o fim de 2023, Goiás responda por 25% da operação da startup e o interior de São Paulo por 20%.
A Lemon está presente em seis regiões brasileiras (SP, RJ, MG, MS, DF e GO). O estado mineiro, o primeiro a ter projetos de geração compartilhada, concentra a maior parte dos clientes da startup, com cerca de 80%. No total, a empresa prevê atingir 10 mil clientes finais até o fim de 2023, com o crescimento concentrado em Goiás e São Paulo. Isso representa o dobro da base de clientes atual, formada por pequenos negócios com gasto mensal de energia de no mínimo R$ 500.
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