A brasileira Fictor Energia divulgou a entrada em operação até dezembro deste ano de duas usinas solares fotovoltaicas de 2 MW cada nos municípios de Autazes e São Gabriel da Cachoeira, ambos no estado do Amazonas. Concebidas em parceria com a empresa VPower, de Hong Kong, as usinas funcionarão integradas com termelétricas a diesel que funcionam nas cidades, substituindo em até 40% a capacidade de geração.

A estratégia da empresa é replicar o modelo das duas primeiras UFVs para hibridizar outras usinas termelétricas existentes no Amazonas. No caso, as usinas serão conectadas ao mesmo acesso das térmicas existentes para injetar a energia solar na rede local, substituindo parcialmente a matriz energética de produtores independentes de energia. Além dos ganhos ambientais, o modelo deve reduzir em torno de 30% os custos da operação atual, segundo a Fictor.

Com previsão de investimentos aproximados de R$ 1 bilhão até o fim de 2024 em várias regiões do País, a Fictor afirma em comunicado que os primeiros recursos serão destinados a projetos de descarbonização na Amazônia. Para isso, a empresa firmou joint venture com o grupo Enerwatt, cuja meta é buscar parcerias com produtores de energia independentes, distribuidores e reguladores locais. A sociedade iniciou negociações para geração de 80 MW a serem instalados em diversas localidades remotas do estado do Amazonas.

A parceria com a Enerwatt também atua na eletrificação de casas e comunidades ribeirinhas isoladas da rede de transmissão de energia, por meio do programa federal Luz Para Todos. A joint venture já eletrificou cerca de 4 mil casas com módulos solares fotovoltaicos e sistemas de armazenamento instalados, em parceria com outras empresas na região.

Além dos projetos no Amazonas, estão sendo avaliadas oportunidades de implantação de usinas solares fotovoltaicas no Tocantins, Mato Grosso e Bahia, com capacidade total de 30 MW de potência. A ideia aí, segundo o CEO do grupo Fictor, Rafael Góis, é reduzir a utilização de diesel para geração de energia em sistemas de irrigação. Também estão sendo desenvolvidos projetos solares no Rio de Janeiro e em São Paulo. Além da fonte solar, o biogás também está no radar de investimentos, por meio da possível instalação de uma usina de biogás em aterro na região Norte do país, com comercialização por geração distribuída.



Mais Notícias FOTOVOLT



Alíquota de importação de módulos solares vai para 25%

Deliberação do Gecex-Camex visa fortalecer a produção local. Absolar teme retração nos investimentos e aponta incapacidade da indústria local atender demanda.

14/11/2024


ISA capta R$ 1,8 bi para implementar sistema de transmissão em MG

Com os recursos, empresa viabiliza o projeto Piraquê, que vai escoar energia solar fotovoltaica do norte de Minas Gerais

14/11/2024