A fabricante chinesa HY Solar está estruturando sua entrada no País desde janeiro deste ano para passar a vender sua linha de módulos solares fotovoltaicos em todo o território nacional, para geração centralizada e distribuída. Segundo o responsável pela operação no Brasil, Raphael Arguelho, a meta é trabalhar com uma rede de no máximo 12 distribuidoras de equipamentos solares e alcançar até o fim do ano 500 MW em vendas.
Um primeiro contrato, segundo ele, já foi assinado com uma grande distribuidora e contempla 200 MW em módulos. O nome da empresa, explica, só poderá ser revelado quando a carga chegar ao País, condição estabelecida pelo acordo. Com produção 100% dedicada a módulos N-Type, a HY vai disponibilizar ao mercado brasileiro modelos de 450 a 705 W de potência, tanto mono como bifaciais.
Conforme Arguelho, a empresa tem uma grande vantagem competitiva nos módulos bifaciais de 570 W e 590 W, por serem até 10% mais leves do que os concorrentes do mercado. “Com a nossa tecnologia conseguimos um módulo com mesma dimensão e peso dos monofaciais de 540 e 550 W”, explica.
A HY começou a produzir seus próprios módulos há apenas um ano. Isso porque originalmente a empresa fabricava equipamentos de beneficiamento de silício. Após um período nesse mercado, a estratégia passou a ser produzir as suas próprias células solares, o que fez chegar hoje a uma capacidade total de 40 GW, em três fábricas na China. Nesse segmento a HY passou a fornecer as células – ainda hoje – para grandes fabricantes de módulos, como Trina, Longi e GCL.
Com a estratégia de entrar no mercado de módulos, a capacidade total de fabricação é de 16 GW, sendo que no primeiro ano já foram comercializados 4 GW, revela Arguelho. Além do mercado chinês, as vendas seguiram para Austrália, Chile e Paquistão e, agora, a ideia é fincar bases no Brasil. “Nossa intenção é ter um trabalho mais aproximado com o distribuidor e não tratar o módulo como uma simples commodity”, disse. Com esse cronograma de atuar via distribuidores, o planejamento envolve também ter escritório local e entreposto de importação em 2025.
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