As práticas de ESG (do inglês environmental, social and governance) estão em alta no setor elétrico. A conclusão é de relatório do Energy Future, hub de inovação que envolve 40 empresas de energia e 10 mil profissionais do setor. Em pesquisa que faz parte do estudo, 62% das empresas consultadas – de um universo de 42 – revelaram que vão investir mais de R$ 10 milhões em soluções ESG nos próximos três anos.
A pressão dos stakeholders, em questionamento da pesquisa sobre os motivos que levam as empresas a adotarem práticas ESG, foi o mais apontado pelos participantes da pesquisa, por exatos 59,52% deles. Em seguida, a responsabilidade social e ambiental foi indicada por 16,67% dos respondentes e o aumento do valor de mercado por 14,29%.
O relatório também apresentou os resultados de chamada setorial realizada em 2023 para receber propostas de ESG. A iniciativa foi dividida em quatro desafios e visava selecionar os melhores projetos para posterior encaminhamento de tratativas entre os agentes envolvidos para suas realizações. Ao todo foram recebidas 41 propostas para quatros desafios: valoração de impactos do ESG no valuation; relacionamento massificado com stakeholders; economia circular para o setor elétrico; e a descarbonização da cadeia de valor nacional.
No primeiro desafio, houve sete propostas finalistas, das quais duas foram aprovadas: da Verum Partners, que criou rating ESG para novos investimentos, e da Escalab, com a proposta de criação de metodologia de avaliação de retorno sobre investimento (ROI) e valuation empresarial considerando impactos de ações de ESG.
O segundo desafio reuniu soluções que unem tecnologia e metodologias sociais. O destaque foi proposta da startup PiniOn, com o projeto de engajamento, pesquisa e informações de comunidades. O terceiro, voltado para soluções inovadoras para a redução da extração de matéria-prima e reaproveitamento de materiais dos setores de geração e armazenamento de energia, teve quatro propostas, mas apenas uma selecionada: da Logtronic, que propõe tecnologia de limpeza a seco (sem água) de módulos solares fotovoltaicos.
Por fim, o quarto desafio, que buscou soluções de eletrificação da economia nacional, teve seis propostas finalistas, com dois destaques. A Volt Robotics propôs um sistema de tarifação dinâmica e inteligente para a recarga de veículos elétricos, e o Instituto Senai de Tecnologia, foi destaque com plataforma de simulação de cenários de veículos elétricos e híbridos para o aumento da adoção.
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