As startups do setor de energia – conhecidas como energytechs – receberam mais de US$ 750 milhões em 76 rodadas entre 2021 até abril de 2024 na América Latina, de acordo com o levantamento EnergyTech Report 2024, da plataforma Distrito, especializada tem tecnologias emergentes. Com uma participação de 80%, o Brasil concentra os investimentos desse setor, com volume total de US$ 605,9 milhões em 61 transações (ou deals, no jargão em inglês do setor).

Segundo o estudo, a maior parte das energytechs latinas, 55% das 347 mapeadas, está ligada à energia renovável, principalmente com soluções de energia solar,  em instalação e produção de equipamentos ou em financiamento para projetos solares. A distribuição de energia é a segunda área mais importante, com 130 startups. Nesse caso, os destaques são soluções para economizar energia e acompanhar dados de consumo.

De janeiro a abril deste ano, as energytechs receberam US$ 113 milhões em 7 deals. O volume financeiro é mais da metade do que foi investido no segmento no ano passado, quando os aportes chegaram a US$ 213 milhões em 17 rodadas. Já o ano com maior volume de investimento no setor foi 2022, com US$ 294 milhões de captação de recursos e 28 negociações.

A brasileira Órigo, com fazendas solares em diversos estados do país, é a energytech que mais recebeu recursos na região. Das cinco maiores rodadas de investimento na América Latina, três foram da Órigo, num total de US$ 346,9 milhões. Sozinha, a startup recebeu quase metade dos recursos das energytechs.

“O segmento de energytechs é um dos mais dinâmicos do ecossistema de inovação. Mudanças regulatórias, como a expansão do mercado livre, a crescente importância da agenda climática e a presença do capital de corporações estimulam a criação de soluções para democratizar o acesso a formas limpas de energia, a otimização da distribuição e as tecnologias para a eletrificação de frotas”, disse o CEO e cofundador do Distrito, Gustavo Gierun.

Em relação aos investimentos por categoria, a distribuição energética lidera ao acumular US$ 417,3 milhões distribuídos em 57 rodadas no histórico mapeado. Segundo Gierun, o dado revela a busca do mercado por inovações que otimizem a entrega de energia, como a geração distribuída compartilhada, por meio de contratos de assinatura. Ainda como tendências para as energytechs, a pesquisa aponta a eletrificação e a mobilidade elétrica, além das microgrids, redes que permitem a geração local de energia e o aumento da capacidade de armazenamento em baterias.



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