O Cepel - Centro de Pesquisas de Energia Elétrica, da Eletrobras, promete até o fim do ano terminar um ciclo de estudos e testes para criar novo modelo de sistema individual de geração de energia elétrica intermitente (SIGFI), voltado para apenas uma unidade consumidora, com energia solar e baterias, que poderá servir de base a programa federal de eletrificação de áreas isoladas no país.
O projeto tem base no Programa Luz Para Todos, que em 2012 motivou o Cepel a fazer simulações para criar um modelo ideal para atender residências isoladas. Depois de um período de estudos, os pesquisadores então estabeleceram como critério que cada unidade consumidora de uso individual residencial deve ter uma disponibilidade mensal garantida de 45 kWh/mês, o que garantiria a operação ininterrupta de um refrigerador.
Com essa demanda, o centro acabou por criar o chamado SIGFI 45, que passou a ser o sistema padrão para que residências isoladas pudessem ter um refrigerador em operação. Além disso, os sistemas devem apresentar dois dias de autonomia, conforme regulamentação (493) da Aneel em 2012, com armazenamento de banco de baterias capaz de fornecer energia elétrica ao domicílio por um período de 48 horas.
Com a redução no preço dos painéis fotovoltaicos, porém, o Cepel passou a reavaliar o padrão anterior, para elevar a potência dos módulos fotovoltaicos e diminuir o tamanho do banco de baterias em relação aos sistemas SIGFI 45. A partir de 2017, começou a ser investigada a viabilidade de sistemas SIGFI 60, para 60 kWh/mês. As simulações computacionais apontaram melhor rendimento técnico e econômico desse novo modelo e, desde 2019, os dois sistemas passam por teste prático comparativo.
Além disso, nos ensaios realizados nos anos anteriores foram utilizadas baterias do tipo chumbo-ácida estacionárias. Nos atuais, está sendo usado um novo conjunto de baterias, do tipo OPzS, com maior vida útil, mais indicadas para áreas remotas. A previsão é de que os ensaios sejam finalizados em 2020.
Depois de concluídos todos os testes, a ideia é sugerir alteração da regulamentação da Aneel, que passaria a recomendar o modelo SIGFI 60 e abandonar o atual SIGFI 45.
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