O Iema - Instituto de Energia e Meio Ambiente publicou uma nota técnica com recomendações para o setor elétrico brasileiro conseguir incluir com mais facilidade na matriz o crescente volume de projetos renováveis, de solar, eólica e biomassa. O documento é resultado de encontros promovidos pelo Iema e o Idec - Instituto de Defesa de Consumidores com especialistas do setor elétrico em 2023.

Sob o título de "Integração de energias renováveis ao sistema elétrico brasileiro", as sugestões envolvem aprimoramentos socioambientais, regulatórios, operacionais, de planejamento e de formação de preços. Para começar, a nota recomenda a redefinição do papel das hidrelétricas, com a operação das usinas podendo ser otimizada para oferecer armazenamento de energia e potência em momentos críticos. Isso ajudaria a equilibrar a variabilidade das fontes eólica e solar e a lidar com possíveis incidentes na transmissão de energia elétrica.

Em relação à transmissão de energia, o Iema aponta a necessidade de um planejamento com horizonte superior aos atuais cinco anos, utilizados nos estudos da EPE para o Ministério de Minas e Energia. Isso, na análise do instituto, alinharia o crescimento das fontes renováveis à expansão das redes, como no caso do Nordeste, onde há mais de 70 GW em usinas solares com construção não iniciada.

Mas, para além do aumento da capacidade de transmissão, a nota também apoia o estímulo a sistemas de armazenamento de energia, para impulsionar a expansão das fontes intermitentes solar e eólica. “A instalação de bancos de baterias junto a sistemas renováveis concilia os períodos de produção da energia ao consumo equilibrando o fornecimento e diminuindo o desperdício”, diz o estudo.

Também são apoiados os parques híbridos, com solar e eólica ou solar e hidrelétrica, para melhorar a estabilidade com a complementaridade das curvas de geração das fontes, o que elevaria o fator de capacidade. Além disso, para a geração solar distribuída, o instituto recomenda a adoção de tecnologias e métodos de armazenamento de energia para melhor aproveitamento da modalidade.

Por fim, o Iema considera que as térmicas a biomassa são uma modalidade energética despachável com capacidade de contribuir para a resiliência das renováveis. Além da oferta de bagaço de cana para cogeração, o instituto ressalta o potencial ainda pouco explorado de biogás e biomassa proveniente de resíduos florestais e agrícolas.

Para ler a nota completa, acesse o link http://energiaeambiente.org.br/wp-content/uploads/2024/08/notas_integracao_energia_renovavelIEMA.pdf



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